O prefeito de Rio Bonito do Iguaçu (PR), Sezar Augusto Bovino (PSD), disse neste sábado (8.nov.2025) que a cidade está “toda no chão” e precisará ser completamente reconstruída depois da passagem de um tornado na noite de 6ª feira (7.nov.2025). Declarou, porém, que ainda não se sabe quanto as obras custarão.
“Para termos ideia de quanto precisamos para reconstruir a cidade, ainda precisamos de um tempo. Acho que no domingo [9.nov] teremos alguma ideia. A cidade está totalmente abandonada. Não tem como se fazer esse levantamento de um lugar que está todo no chão”, afirmou Bovino em entrevista ao g1.
O governo do Paraná decretou estado de calamidade pública e luto oficial de 3 dias. A medida permite a liberação imediata de recursos e a dispensa de licitações para a reconstrução.
O prefeito afirmou que o poder público municipal está articulando ajuda do governo estadual, da União e de empresas privadas para reconstruir a cidade.
“Precisamos dos números dos engenheiros civis e dos bombeiros para saber a extensão. […] É um cenário de guerra. Vamos precisar de todo o apoio possível”, declarou Bovino.
Segundo a Defesa Civil, mais de 90% do município foi destruído, 6 pessoas morreram e ao menos 750 ficaram feridas.
Com população estimada em cerca de 14.000 habitantes, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mais de 1.000 moradores estão desalojados, e abrigos emergenciais foram montados com apoio de cidades vizinhas.
A ocorrência foi provocada por uma supercélula –combinação de ar quente e úmido com uma frente fria– que, segundo o Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná), atingiu graus raros de intensidade no sul do Estado.
Os ventos ultrapassaram 250 km/h em alguns pontos, elevando a classificação do fenômeno para a escala EF3, segundo análise prévia.
Técnicos do Simepar afirmam que tornados desse porte são “extremamente incomuns” no Brasil e ainda mais raros em áreas com a infraestrutura urbana da região centro-sul do Paraná.
O tornado danificou a malha urbana –rede elétrica, vias e edifícios públicos.
Equipes do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná, da Defesa Civil e da Secretaria da Saúde estão no local acompanhando resgates, atendimentos aos feridos e o levantamento de danos, segundo o governo estadual.
Foram enviados telhas, lonas, colchões, kits de higiene e cestas básicas para atender os desabrigados.





