• Terça-feira, 30 de dezembro de 2025

Retrospectiva: como a medicina avançou em 2025 apesar dos desafios

Cortes e desafios não impediram a ciência de avançar. Veja cinco descobertas médicas que marcaram 2025 e apontam para o futuro

Apesar dos e das incertezas na pesquisa científica, 2025 trouxe resultados importantes para a medicina. Do desenvolvimento de vacinas promissoras a novas formas de diagnóstico e prevenção, o ano foi marcado por descobertas que apontam caminhos possíveis para o futuro da saúde.  O Metrópoles reuniu cinco avanços que ganharam destaque no Brasil e no mundo. Confira: 1 – Vacina contra herpes-zóster reduz risco de Alzheimer Pesquisas recentes sugerem que a imunização contra , além de proteger contra a infecção viral, pode reduzir o risco de desenvolver demência nos anos seguintes. O estudo, publicado na , acompanhou moradores do País de Gales e observou que quem recebeu a vacina apresentou cerca de 20% menos chance de desenvolver Alzheimer e outras formas de demência ao longo de sete anos. O resultado reforça a hipótese de que infecções virais podem influenciar o surgimento de doenças neurodegenerativas e abre espaço para novas pesquisas sobre prevenção. 2 – Testes caseiros ampliam acesso ao rastreamento de ISTs Em maio, a Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, aprovou os primeiros testes caseiros que permitem com precisão semelhante à encontrada em consultórios. Um deles, o Teal Wand, permite a coleta de amostras vaginais para detectar HPV em mulheres de 25 a 65 anos, após orientação remota com um profissional de saúde. Além dele, o teste Visby identifica gonorreia, clamídia e tricomoníase em até 30 minutos, sem necessidade de receita. A expectativa é que esses dispositivos ajudem a reduzir barreiras de acesso, aumentem o diagnóstico precoce e funcionem como ferramentas complementares às estratégias tradicionais de saúde pública. 3 – Injeção semestral torna prevenção do HIV mais acessível A aprovação do lenacapavir (Yeztugo) representou um . A medicação, aplicada apenas duas vezes ao ano, demonstrou eficácia superior a 99% nos estudos clínicos, diminuindo de forma significativa o risco de transmissão em adolescentes e adultos sexualmente ativos. Leia também A abordagem é considerada uma alternativa estratégica aos comprimidos diários usados na PrEP, especialmente para grupos com dificuldade de adesão contínua. Pesquisadores veem potencial para ampliar o impacto da prevenção, reduzindo novos casos e fortalecendo o controle da infecção em escala global. 4 – Medicamentos para obesidade reduzem internações cardíacas Remédios da classe GLP-1, conhecidos principalmente pela perda de peso, começaram a mostrar efeitos além do controle metabólico. Um estudo, publicado na , com mais de 58 mil pacientes com insuficiência cardíaca, obesidade e diabetes tipo 2 indicou redução de mais de 40% no risco de hospitalizações e mortes entre os usuários de semaglutida e tirzepatida. O trabalho utilizou dados do mundo real e reforça a possibilidade de incorporar esses medicamentos ao tratamento cardiovascular. Especialistas afirmam que, se confirmados em mais estudos, os resultados podem mudar diretrizes internacionais e beneficiar milhões de pessoas. 5 – Inteligência artificial cria molécula contra doença pulmonar Um estudo publicado na em julho testou uma droga projetada quase inteiramente por inteligência artificial para tratar fibrose pulmonar idiopática, condição grave e de difícil controle. O sistema indicou qual proteína deveria ser inibida e desenhou a molécula que poderia atuar nesse alvo. O ensaio clínico envolveu 71 pacientes ao longo de 30 meses e mostrou respostas encorajadoras. Embora o processo tenha contado com supervisão científica e protocolos tradicionais, pesquisadores destacam que a IA acelerou etapas que normalmente levariam anos. O avanço é visto como um prenúncio de uma nova fase na descoberta de medicamentos.
Por: Metrópoles

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