• Domingo, 17 de agosto de 2025

Restrição alimentar causa tristeza ou depressão? Entenda relação

Cortar grupos de alimentos ou reduzir calorias demais em dietas de restrição pode afetar a produção de hormônios, o humor e a saúde mental

Seguir uma dieta pode ser um passo importante para No entanto, quando o plano alimentar é extremamente restritivo — cortando grupos inteiros de alimentos ou reduzindo drasticamente as calorias —, os impactos vão muito além da balança. A falta de nutrientes essenciais, como carboidratos complexos, vitaminas do complexo B e minerais como magnésio, pode interferir na produção de neurotransmissores, como serotonina e dopamina, responsáveis por regular o O resultado pode ser uma sensação de tristeza. Leia também De acordo com a nutricionista Luanna Karen Moreira, do Hospital Santa Lúcia, a exclusão de grupos alimentares e a ingestão calórica muito baixa comprometem o funcionamento do organismo e enfraquecem o sistema imunológico. Ela lembra que esse tipo de dieta também pode levar à que influenciam diretamente no humor. O psicólogo Douglas Kawaguchi, do Hospital Sírio-Libanês, reforça que “dietas muito restritivas representam uma forma de violência contra o corpo”. Segundo ele, a privação de nutrientes é percebida pelo organismo como uma ameaça, ativando mecanismos semelhantes aos do estresse crônico, que prejudicam o equilíbrio emocional. Riscos de uma dieta de restrição alimentar Deficiências nutricionais e comprometimento do sistema imunológico. Perda de massa muscular e metabolismo mais lento. Efeito sanfona, com impacto negativo na autoestima. Problemas digestivos, como constipação e inchaço. Fadiga e baixa energia, afetando produtividade e concentração. Alterações hormonais, incluindo desregulação da tireoide e aumento do cortisol. Riscos psicológicos, como ansiedade alimentar e transtornos alimentares. As mudanças não são apenas físicas. pode gerar ansiedade, frustração e sensação de fracasso diante de “escorregadas” na dieta. Kawaguchi explica que o chamado efeito sanfona mina a percepção de autoeficácia, ou seja, a crença na própria capacidade de manter um objetivo, o que aumenta o risco de tristeza, desânimo e baixa autoestima. Para reduzir riscos, Luanna destaca que um plano alimentar saudável deve ser equilibrado, incluir todos os grupos de nutrientes e permitir prazer ao comer. Já Kawaguchi ressalta que, “permitindo saciedade e vida social, ainda que os resultados não sejam imediatos”. Foto colorida - Mulher com um prato repleto de frutas e legumes e com a mão em frente a outro prato com um croissant representando dietas de restrição alimentar - MetrópolesDietas de restrição alimentar podem prejudicar o metabolismo Especialistas concordam que o acompanhamento multidisciplinar — com nutricionista e psicólogo — é fundamental para que o emagrecimento seja sustentável e preserve a . Além de orientar as escolhas alimentares, a equipe ajuda a lidar com gatilhos emocionais, prevenindo recaídas e fortalecendo a relação com a comida. Siga a editoria de e fique por dentro de tudo sobre o assunto!
Por: Metrópoles

Artigos Relacionados: