O presidente do PT, Edinho Silva, disse nesta 3ª feira (9.dez.2025) que o partido terá candidato ao governo de São Paulo ou apoiará um nome aliado para o comando do Estado. De acordo com o dirigente, o partido deve consultar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para o cargo.
“Haddad é uma das lideranças que pode ser, mas ele tem que querer ser primeiro. E, claro, tem que estar dentro da construção da nossa tática eleitoral”, disse. Edinho participou de um café da manhã com jornalistas em Brasília pela manhã. Ressaltou que ainda falta ter essa conversa com o ministro.
O presidente do PT também citou como possibilidade o vice-presidente, Geraldo Alckmin, do PSB. Mas ressaltou que a decisão caberá apenas a ele. “Alckmin será o que ele quiser ser. O vice-presidente é na minha avaliação uma liderança nacional de 1ª grandeza, é um líder que nos orgulha muito, cumpriu papel brilhante no projeto de reindustrialização do Brasil e cumpriu papel fundamental no tarifaço ”, disse.
De acordo com Edinho, a estratégia petista não dependerá de quem for o adversário. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ainda não decidiu se concorrerá à reeleição ou se disputará a Presidência da República. Tarcísio é bem avaliado no Estado e tem boas chances de ser reeleito. Por isso, se ele decidir tentar ficar no cargo, pode dificultar uma eventual candidatura petista.
Edinho afirmou que o partido irá priorizar as alianças nos Estados, até para fortalecer a candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à reeleição em 2026. “A vitória de Lula será construída na montagem dos palanques nos Estados. […] Os partidos são nacionalizados, mas há um pacto de respeito aos partidos nos Estados. Se tratarmos os partidos de forma homogênea, estamos errando na leitura dos partidos”, disse.
Segundo Edinho, o PT apoiará o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), ao governo do Rio de Janeiro. “Não há nada que abale nosso apoio a ele no Estado”, disse.
Edinho afirmou que o PT ainda busca alianças para formar um palanque para Lula no Estado, considerado chave para a definição das eleições nacionais. O dirigente disse que o petista “insistiu muito” para convencer o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) a ser seu candidato no Estado, mas que essa possibilidade está afastada agora.
“Estamos conversando com as lideranças de Minas para construir uma boa tática no Estado e vamos construir um palanque forte no Estado”, disse. Edinho, no entanto, afirmou que se o senador mudar de ideia e quiser retomar as conversas sobre as eleições, ele será o 1º a se reunir com Pacheco.
O presidente do PT citou como possibilidades de aliança no Estado Tadeu Leite (MDB), presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Marília Campos (PT), prefeita de Contagem, e Margaria Salomão (PT), prefeita de Juiz de Fora.
Ao ser questionado sobre o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, Edinho disse que ele será candidato ao Senado. E afirmou que o ministro precisará resolver a contradição de ser filiado ao PSD, partido do vice-governador Matheus Simões, aliado do governador Romeu Zema (Novo). Zema é um dos cotados para representar a direita na corrida ao Planalto em 2026 e um dos principais críticos ao Planalto. Edinho afirmou que Silveira é atualmente um dos principais aliados de Lula no Estado e goza de sua total confiança.





