O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus iniciou uma greve na cidade de São Paulo nesta 3ª feira (9.dez.2025) por causa do não pagamento das 2 parcelas do 13º salário e de vale-refeição das férias. A medida foi tomada depois de as empresas de transporte solicitarem na 2ª feira (8.dez) novo adiamento para efetuar os pagamentos, sem estabelecer uma data específica.
Ao Poder360, o sindicato disse que está em negociação com as concessionárias, mas não sabe até quando a greve vai durar e que será “passo a passo”. Ou seja, a paralisação tende a continuar nesta 4ª feira (10.dez).
A paralisação afeta diversas garagens de ônibus na capital paulista, comprometendo o funcionamento das linhas municipais de transporte público. O presidente do sindicato, Valdemir dos Santos, disse à TV Bandeirantes que os trabalhadores ficaram revoltados com o pedido de mais prazo para o pagamento e que perderam a confiança nas empresas.
“A revolta dos trabalhadores por volta das 15h foi muito grande quando a diretoria comunicou que as empresas pediram mais prazo. O trabalhador não aceitou. Eles falaram que não confiam mais, porque já pediram um prazo para uma data e agora pedem outro. Final de ano o trabalhador necessita dessa situação do 13º para passar o Natal com a família”, disse Valdemir dos Santos, presidente do sindicato, em entrevista ao programa Brasil Urgente.
O Poder360 procurou o SPUrbanuss (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo) e a SPTrans, gestora do sistema de transporte público de ônibus da cidade. Não houve resposta até a publicação desta reportagem. O texto será atualizado caso uma manifestação seja enviada a este jornal digital.
A Prefeitura de São Paulo disse que os repasses às empresas de ônibus “estão em dia” e que o pagamento do 13º salário dos trabalhadores é de responsabilidade “exclusiva” das concessionárias.
“A Prefeitura de São Paulo informa que os repasses às empresas de ônibus estão em dia e o pagamento do 13º salário dos trabalhadores é de responsabilidade exclusiva das concessionárias. A pedido do prefeito Ricardo Nunes, a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte e SPTrans registraram nesta terça-feira um Boletim de Ocorrência contra as empresas que aderiram a uma paralisação sem aviso prévio, ferindo gravemente a legislação. A gestão se solidariza com todos os passageiros que dependem do transporte público e que hoje sofrem com o descaso, irresponsabilidade e falta de compromisso dessas companhias com a população”, afirmou a Prefeitura em nota.





