• Sexta-feira, 26 de dezembro de 2025

Promotoria pede 10 anos de prisão para ex-presidente da Coreia do Sul

Yoon Suk Yeol enfrenta acusação de obstrução da justiça após tentativa de golpe que mobilizou o exército contra o Parlamento

Promotores da Coreia do Sul pediram 10 anos de prisão para o ex-presidente Yoon Suk Yeol por “entrave à justiça” depois de sua tentativa de impor lei marcial no país e deflagrar um golpe de Estado que chegou a mobilizar o Exército contra o Parlamento. O pedido foi apresentado nesta 6ª feira (26.dez.2025), segundo informou a agência de notícias sul-coreana Yonhap.

Um tribunal de Seul deve emitir o veredicto no processo por obstrução da justiça, 1 dos 4 casos judiciais enfrentados por Yoon. Entre as outras acusações estão a de liderar uma insurreição, o que pode resultar em pena severa caso seja considerado culpado. Segundo a mídia sul-coreana, o resultado sairá em janeiro de 2026.

Yoon, que foi destituído do cargo em abril de 2025, é acusado de ter impedido investigadores de prendê-lo em janeiro, poucas semanas depois de fracassar na tentativa de golpe, em dezembro de 2024. Ele também teria excluído integrantes de seu gabinete de uma reunião em que foi discutida a medida.

Para dar o golpe, o então presidente utilizou o Exército e forças de segurança. Mas a medida fracassou depois de parlamentares conseguirem se reunir e aprovarem, por unanimidade, a revogação da lei marcial.

Yoon foi preso durante uma 2ª operação das forças de segurança. Em abril, o Tribunal Constitucional manteve seu impeachment, encerrando oficialmente seu mandato. Depois da destituição, a Coreia do Sul realizou uma eleição presidencial extraordinária em junho. O pleito foi vencido por Lee Jae-myung (Partido Democrata), que assumiu a presidência.

Um ano após a tentativa de impor a lei marcial, Yoon declarou, via seus advogados, que a medida teria sido justificada pela necessidade de combater “atividades traidoras em favor da China e da Coreia do Norte”.

A suspensão do regime civil foi a 1ª do tipo em 4 décadas na Coreia do Sul e desencadeou manifestações em massa, além de um período prolongado de instabilidade política.

Por: Poder360

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