• Sexta-feira, 26 de dezembro de 2025

Central de apoio à mulher registra recorde de ligações em 2025

Dados das chamadas mostram que o agressor geralmente é um ex-companheiro da vítima.

O Ligue 180, a central de apoio à mulher, registrou número recorde de ligações em 2025. Até novembro, foram 946.000 atendimentos, que resultaram em 139.000 denúncias. A expectativa é chegar a 1 milhão de chamadas até o final do ano. A maioria das ligações é feita por mulheres em busca de informações, como o que caracteriza um ato de violência e a quem recorrer para denunciar.

O ministério das Mulheres lançou em agosto o Painel de Dados do Ligue 180. A iniciativa reúne todas as informações sobre as chamadas para garantir transparência e permitir a criação de políticas públicas com base nos números oficiais. O canal, que funciona 24 horas por dia, completou 20 anos de existência em 2025. 

Dados do painel até 30 de novembro mostram que os Estados com mais atendimentos foram São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A maioria das pessoas que utilizaram o canal no período tinham entre 40 e 44 anos, em sua maioria se identificavam como pardas e tinham completado apenas o ensino médio. O agressor geralmente é um ex-companheiro da vítima.

Tainara Souza Santos, 31 anos, que estava internada desde 29 de novembro depois de ser atropelada e arrastada por 1 km na zona norte de São Paulo, morreu na 4ª feira (24.dez.2025), no Hospital das Clínicas.

Douglas Alves da Silva, 26 anos, foi preso em 30 de novembro. Ele é réu sob acusação de tentativa de feminicídio contra Tainara e tentativa de homicídio contra um rapaz que a acompanhava na ocasião.

Em 29 de novembro, câmeras de segurança registraram Tainara e Douglas discutindo na rua. Depois, o suspeito entrou em um carro preto, acelerou e atropelou a vítima, que ficou presa sob o veículo. Ele seguiu dirigindo na Marginal Tietê por cerca de 1 km com Tainara ainda presa embaixo do veículo. Ela foi arrastada até o momento em que o suspeito passou pela calçada de um posto de gasolina. Foi socorrida por testemunhas e levada ao hospital.

Por: Poder360

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