Powell: inflação nos EUA segue acima da meta e continua preocupando
O chefe do BC dos EUA, Jerome Powell, afirmou que o objetivo da autoridade monetária é levar a inflação de volta à meta de 2% ao ano
Em um discurso duro no qual deu poucas “pistas” sobre a trajetória futura da taxa básica de juros, o presidente do (Fed, o Banco Central dos ), Jerome Powell, afirmou nesta terça-feira (14/10) que a inflação no país continua acima da meta e exigindo cuidado por parte da autoridade monetária.
As declarações do chefe do Fed foram dadas durante o encontro anual da Associação Nacional de Economia Empresarial (Nabe, na sigla em inglês). As falas de Powell eram muito aguardadas pelos investidores do mercado financeiro, não apenas nos EUA, mas em todo o mundo.
No evento, Powell disse ainda que “há risco de que o lento repasse das tarifas comerciais comece a parecer uma inflação persistente”, o que exigiria cautela do BC norte-americano.
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Mercado de trabalho
Ainda segundo o presidente do Fed, o mercado de trabalho nos EUA “está mostrando riscos negativos bem significativos”, com claros sinais de desaceleração na criação de vagas e uma demanda por mão de obra “se movendo um pouco mais rápido do que a oferta”.
“Se agirmos muito rapidamente, podemos deixar o trabalho contra a inflação inacabado”, alertou Powell.
O chefe do BC dos EUA afirmou também que o objetivo da autoridade monetária é levar a inflação de volta à meta de 2% ao ano, “sem causar danos desnecessários ao emprego”. “Nossas decisões são tomadas reunião a reunião, com base na evolução dos dados e no balanço de riscos entre crescimento, emprego e preços”, explicou.
“Os dados mostram que o aumento dos preços de bens reflete, principalmente, as tarifas, e não pressões inflacionárias mais amplas”, disse Powell.
Inflação e taxa de juros
, acima da meta de 2% buscada pelo Fed e levemente maior do que no início do ano.
– depois de um corte de 0,25 ponto percentual na última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed, em setembro.
A expectativa da maioria dos analistas do mercado é a de que o BC dos EUA promova mais dois cortes de 25 pontos-base na taxa de juros até o fim deste ano. As próximas reuniões do Fomc acontecem nos dias 28 e 29 de outubro e 9 e 10 de dezembro.
Ainda nesta terça-feira, a vice-presidente para supervisão da autoridade monetária, Michelle Bowman, .
A elevação da taxa básica de juros é o principal instrumento dos bancos centrais para controlar a inflação. Quando o Fed aumenta os juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, o que se reflete nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Assim, taxas mais altas também podem conter a atividade econômica.
Por: Metrópoles