O secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, disse nesta 3ª feira (22.jul.2025) que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) analisa a necessidade de socorrer empresas brasileiras afetadas pela taxação de 50% que os Estados Unidos estabeleceram sobre os produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. Segundo o número 2 do ministério, um eventual auxílio será feito “com o menor impacto fiscal possível” e de forma “pontual”.
Durigan afirmou que o governo está fazendo “todo o possível” para reverter o tarifaço. Em entrevista a jornalistas, ele reforçou que não há uma data fechada para apresentar a Lula um plano sobre o tema. Estimou que isso deve ser feito até o começo da próxima semana.
Ao ser perguntado pelo Poder360 se o governo estuda enviar uma comitiva para negociar uma solução para as tarifas, Durigan disse não haver novidade e que há uma comunicação “técnica” entre o Brasil e a Casa Branca.
O secretário-executivo da Fazenda classificou a taxação como um “ataque sem fundamento que o Brasil sofreu”. Sem citar nomes, disse haver “forças políticas fazendo muito mal ao país”.
Durigan ainda afirmou que um plano será feito para que o Brasil possa “responder e se proteger” das medidas anunciadas contra produtos vendidos aos EUA.
Durigan também negou haver planos para taxar big techs em retaliação ao tarifaço. Disse que o governo tratou do assunto como um possível “complemento” para compensar o fim gradual da desoneração da folha de pagamento em 2024, mas que não há novidade.
Ele falou sobre o tema ao comentar dados do relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas divulgado nesta 3ª feira (22.jul). A equipe descongelou R$ 20,6 bilhões do Orçamento Federal de 2025. Isso significa que esses recursos foram destravados e podem voltar a ser utilizados.
O número 2 da Fazenda disse que os eventuais impactos com o tarifaço serão vistos no próximo relatório, que deve ser publicado em 22 de setembro. “Nem tem a ordem executiva ainda […] É uma coisa a ser confirmada, verificada, para que a gente meça os impactos”, disse.
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