• Sábado, 18 de outubro de 2025

Planalto trabalha para que Lula se reúna com Trump na Malásia

Depois de reunião com Rubio, Brasil avalia que relações com EUA foram destravadas e encontro na Ásia é mais possível. Leia mais no Poder360.

O governo brasileiro trabalha com a possibilidade de um encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a 47ª Cúpula da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático), na Malásia, nos dias 26 e 27. 

O principal obstáculo é a compatibilidade de agendas, já que ambos ainda definem seus cronogramas e as bilaterais durante o evento. Caso seja realizada, a reunião deve ser breve.

A definição do local é vista como a opção mais rápida e logisticamente viável para uma reunião entre os 2 líderes. Fontes do Palácio do Planalto afirmam que há “interesse mútuo” em uma conversa presencial.

O presidente brasileiro embarca para Jacarta, Indonésia, na 3ª feira (21.out.2025) e chega ao país na 4ª (22.out.2025) à noite. Fará uma visita oficial a convite do presidente Prabowo Subianto (Partido Gerindra, direita).

Depois, parte para Kuala Lumpur, na Malásia. Lula deve participar de um dia de debates na cúpula com foco em comércio. O restante da agenda ainda está em aberto para reuniões bilaterais.

Trump também estará na Malásia, mas por um período mais curto, tornando a janela para um eventual encontro com Lula limitada.

Na mesa ainda existem outras duas opções: o convite que Lula fez a Trump para a COP30 (Conferência das Partes da Nações Unidas sobre Mudança do Clima) e o presidente brasileiro ir a Washington.

Lula se reuniu na 6ª feira (17.out.2025) com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, no Palácio da Alvorada. Também participou o chefe da Assessoria Especial do Presidente da República, Celso Amorim, e o assessor-Chefe Adjunto da pasta, Audo Faleiro.

O chanceler fez uma exposição mais detalhada sobre sua reunião com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, realizada em Washington na 5ª feira (16.out.2025). Segundo relatos, o tom das conversas foi “muito amistoso”, marcando uma nova fase nas relações entre os países.

Lula e Vieira já haviam conversado por telefone na 5ª feira, e a reunião presencial serviu para detalhar a pauta do comércio e possíveis agendas na Ásia. A avaliação é que há hoje um processo aberto de negociação entre Brasil e Estados Unidos, reforçado também pela divulgação de notas conjuntas –prática rara na relação bilateral.

Por: Poder360

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