O economista-chefe da ARX Investimentos, Gabriel Leal de Barros, 39 anos, atribuiu o crescimento do PIB brasileiro a um estímulo fiscal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A declaração do economista foi dada em entrevista ao Poder360.
Segundo o especialista, o governo “vem produzindo impulsos fiscais expansionistas de forma recorrente”.
Assista à entrevista (30min30s):
O estímulo fiscal se dá quando o governo toma medidas para alavancar a economia. Estão entre as possíveis ações expansão dos gastos e corte de tributos.
Barros listou algumas medidas do governo Lula:
Barros avaliou que o PIB cresce “muito acima do nível potencial”. Na sua visão, o patamar estimado seria em torno de 2%. Em 2024, a atividade econômica avançou 3,4% em relação ao ano anterior.
“ A persistência desse impulso fiscal é grande. E isso explica por que o PIB tem surpreendido até aqui e por que a inflação também tem ficado tão distante da meta”, declarou o economista.
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A PEC 66 de 2023 estabelece um limite para o pagamento de precatórios –dívidas do Executivo em que não cabe mais recurso– de Estados e municípios.
A Proposta de Emenda à Constituição abre um novo prazo para parcelamento especial de débitos dos governos locais com o RGPS (Regime Geral da Previdência Social) e com seus regimes próprios de Previdência. A medida atrasa a quitação dos precatórios.
O relator, deputado Baleia Rossi (MDB-SP), incluiu na comissão especial um trecho que exclui as despesas com precatórios da meta fiscal de 2026. Segundo o congressista, isso será feito de forma temporária.
A partir de 2027, a União começará a incluir gradualmente, em pelo menos 10% ao ano, as despesas na meta de resultado primário estabelecida pela LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias).
Em 15 de julho, a Câmara aprovou a proposta. Em 16 de julho, avançou no Senado em 1º turno. A Casa Alta incluiu o texto na ordem do dia para discussão na próxima 4ª feira (20.ago).
Para Barros, a PEC é uma forma de o governo manter o impulso fiscal. “Ao renegociar precatórios, renegociar dívida de Estados e municípios, isso amplia espaço fiscal para gasto não só na esfera federal, mas também nas esferas estaduais e municipais”, disse o economista.