• Quinta-feira, 18 de setembro de 2025

PIB da Argentina tem leve queda no 2º trimestre, a primeira desde 2024

Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina registrou queda de 0,1% no período entre abril e junho de 2025, em relação aos 3 meses anteriores

A economia da recuou levemente no segundo trimestre deste ano, na comparação com os três primeiros meses de 2025, de acordo com dados divulgados nessa quarta-feira (17/9) pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (). Segundo o levantamento, o Produto Interno Bruto () argentino registrou queda de 0,1% no período entre abril e junho de 2025, em relação aos três meses anteriores. Foi a primeira variação negativa do PIB da Argentina desde o segundo trimestre do ano passado. Na comparação com o segundo trimestre de 2024, a economia do país governado pelo ultraliberal avançou 6,3% – abaixo das estimativas do mercado, que eram de 6,5%. Leia também Principais dados Em relação à demanda, a queda trimestral foi registrada nas exportações, com recuo de 2,2%, e no consumo privado, com baixa de 1,1%. Por outro lado, o consumo público teve crescimento de 1,1% no período. Os números do Indec também mostram que o maior aumento foi observado na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que mede o aumento de bens de capital das empresas – são ativos têm a função de produzir outros bens. Neste indicador, a alta foi de 32,1% na comparação com o mesmo período do ano passado. Também houve crescimento em segmentos como intermediação financeira (26,7%), hotéis e restaurantes (17%) e construção (10,6%). Crise política Os dados do PIB da Argentina são divulgados em meio a uma crise no governo Milei, . A Força Nacional, coalizão peronista que faz oposição a Milei, venceu a disputa com cerca de 41%, ante 34% do partido La Libertad Avanza, do atual presidente. A Argentina se prepara para as eleições legislativas, programadas para o fim de outubro, que são consideradas por alguns analistas uma espécie de “referendo” sobre o governo Milei. Se, em outubro, houver uma derrota similar, analistas do mercado temem que o governo argentino terá dificuldade para prosseguir com as reformas econômicas em curso no país. A Argentina passa por condições financeiras instáveis, e denúncias de corrupção na administração. Acusações pesam, por exemplo, .
Por: Metrópoles

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