O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), se reuniu, nesta 5ª feira (18.set.2025), com embaixadores de países árabes no Brasil e com o presidente da CCAB (Câmara de Comércio Árabe-Brasileira), William Adib Dib Junior, para discutir o interesse em absorver parte dos produtos brasileiros que deixaram de ser enviados aos Estados Unidos por causa do tarifaço.
O plano de trabalho da CCAB é “capitalizar a atratividade tarifária e a demanda crescente dos Países Árabes, redirecionando fluxos comerciais para as exportações brasileiras”, segundo documento enviado ao Poder360. Eis a íntegra do levantamento da Câmara (PDF – 1 MB).
Fávaro disse que antes mesmo do tarifaço, o Brasil já trabalhava para fortalecer relações com os países árabes.
“Estamos trabalhando muito para ampliar as relações de venda e de compra dos produtos. O Brasil é grande produtor de alimentos para a Liga Árabe. Mas, por recomendação do presidente Lula, e obedecendo à regra fundamental do bom comércio, também queremos ser grandes compradores dos produtos da Liga Árabe”, afirmou o ministro.
Estiveram presentes os seguintes embaixadores:
O plano de trabalho apresentado pela Câmara detalha as ações de promoção comercial propostas para fortalecer e expandir a presença de produtos brasileiros no mercado árabe, em resposta ao cenário de desafios e oportunidades delineado pelo recente aumento tarifário imposto pelos EUA.
“O plano propõe ações coordenadas entre a Câmara Árabe e o Ministério da Agricultura e Pecuária para maximizar o redirecionamento de fluxos comerciais e explorar novas avenidas de crescimento. As principais áreas de foco incluem a promoção de produtos com alta atratividade tarifária e demanda no mercado árabe e o apoio à adaptação de empresas brasileiras às exigências locais –como a certificação Halal”, informa a CCAB em nota.
Para a CCAB, é necessário que haja a compreensão da urgência e o potencial de uma parceria comercial mais aprofundada para diversificar mercados e existir garantias de segurança em momentos adversos.
“A diversificação de comércio é uma estratégia proativa para reduzir a dependência de mercados tradicionais e explorar novas geografias e segmentos de produtos. Diante da instabilidade tarifária, é imperativo que o Brasil amplie seus horizontes comerciais, e os Países Árabes, juntamente com outras nações islâmicas, oferecem um terreno fértil para essa expansão”, declaram.