Os preços do petróleo tiveram forte queda nesta 2ª feira (16.jun.2025) e anularam parte dos ganhos registrados na sessão anterior, quando o mercado reagia ao aumento das tensões entre Israel e Irã.
O contrato de agosto do Brent, referência no mercado internacional, registrou baixa de 1,35% na ICE (Intercontinental Exchange), a US$ 73,23/barril. Já na Nymex (New York Mercantile Exchange), o WTI para julho recuou 1,66%, fechando a US$ 71,77/barril.
O mercado realizava lucros, acompanhando o movimento de investidores que optaram por vender ativos depois da recente sequência de altas em virtude do aumento das tensões no Oriente Médio, o que levou a uma correção nos preços.
O Irã está entre os 7 maiores produtores de petróleo do mundo. Todo tipo de tensão geopolítica no país persa também tem um impacto direto no mercado, pois o país controla o estreito de Ormuz, por onde passa cerca de 25% de toda produção global da commodity.
De acordo com o Wall Street Journal, o Irã enviou mensagens aos Estados Unidos e a Israel, por meio de intermediários de países árabes, sinalizando interesse em encerrar as hostilidades e retomar as negociações sobre seu programa nuclear.
A notícia, divulgada nesta tarde, intensificou o movimento de queda nos preços do petróleo, que já recuavam desde manhã.
Apesar da sinalização diplomática, a escalada militar com Israel prosseguiu. A Guarda Revolucionária do Irã pediu que os moradores de Tel Aviv evacuem a cidade “o mais rápido possível”.
O alerta foi emitido logo depois de Tel Aviv ter publicado um aviso de ataque a uma área em Teerã. Minutos depois, as FDI (Forças de Defesa de Israel) bombardearam o prédio da TV estatal iraniana, ao norte da capital. Ainda não há informações oficiais sobre vítimas.
Na véspera, no domingo (15.jun), o porta-voz militar iraniano já havia feito um apelo para que israelenses deixassem os territórios ocupados, reforçando a ameaça de novos ataques.
O Irã justifica o ataque como resposta à ofensiva israelense realizada na madrugada de 6ª feira (13.jun), que atingiu áreas residenciais e instalações nucleares iranianas.