• Sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Petro: “Trump tinha a chave do conflito entre Israel e Hamas”

Gustavo Petro celebrou cessar-fogo em Gaza, mas alfinetou Donald Trump e Netanyahu pela forma que as negociações foram conduzidas

O presidente da Colômbia, , afirmou nesta quinta-feira (9/10) que o cessar-fogo entre Israel e o Hamas só foi possível após pressão internacional sobre os Estados Unidos e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Segundo ele, o presidente norte-americano, “Enquanto Trump apoiasse Netanyahu, o genocídio se tornaria infinito. Somente separando a maior parte da Europa dos desígnios do governo dos EUA foi possível separar Trump de Netanyahu, de forma breve e parcial. Trump tinha a chave do conflito; sem o apoio militar dos EUA, Netanyahu desapareceria em sua própria agressão”, declarou Petro. Es muy fácil de comprender: mientras Trump apoyase a Netayahu, el genocidio se haría infinito. Solo presionando con la humanidad, solo con mediadores expertos como Qatar y Egipto, y la posición firme de Sudáfrica y Colombia y decenas de países más, solo separando la.mayor parte… — Gustavo Petro (@petrogustavo) O líder colombiano celebrou o acordo de trégua e disse esperar que o cessar-fogo definitivo avance “em direção a um Estado Palestino”. “Celebramos junto com o povo palestino um novo cessar-fogo. Estamos cientes dos fracassos das tréguas anteriores e esperamos que desta vez avancemos em direção à autodeterminação da Palestina”, completou. Petro ainda destacou o papel de países como Catar, Egito, África do Sul e Colômbia no esforço para mediar o acordo de paz. “Somente pressionando com humanidade, somente com mediadores experientes como Catar e Egito, e a posição firme da África do Sul, Colômbia e dezenas de outros países, foi possível separar Trump de Netanyahu”, escreveu. Petro concluiu que, se a autodeterminação da Palestina for respeitada, a Colômbia apoiará um exército internacional para ajudar na reconstrução do território Leia também Fim da guerra em Gaza A declaração de Petro ocorreu horas após Trump anunciar oficialmente o fim da guerra entre Israel e o Hamas, dois anos após o início do conflito. O acordo, mediado por Catar, Egito e Estados Unidos, prevê a libertação de reféns israelenses em troca de cerca de 2 mil prisioneiros palestinos e a retirada gradual das tropas de Israel da Faixa de Gaza. “Ontem à noite, alcançamos um avanço significativo no Oriente Médio. Acabamos com a guerra em Gaza e garantimos a libertação de todos os reféns restantes”, afirmou Trump em coletiva na Casa Branca. Segundo ele, Gaza será “reconstruída com apoio de países da região”. O Hamas também confirmou o cessar-fogo permanente. “Recebemos garantias dos mediadores e da administração americana de que a guerra terminou completamente”, declarou Khalil al-Hayya, chefe da delegação palestina nas negociações realizadas no Egito. 7 imagens Gustavo Petro é presidente da Colômbia desde 2022Pepe Mujica e Gustavo Petro O presidente dos EUA, Donald Trump, discursa com altos líderes militares na Base do Corpo de Fuzileiros Navais de Quantico, em 30 de setembro de 2025, em Quantico, VirgíniaO presidente dos EUA, Donald Trump, discursa com altos líderes militares na Base do Corpo de Fuzileiros Navais de QuanticoFechar modal. 1 de 7 Gustavo Petro é presidente da Colômbia desde 2022 Vinícius Schmidt/Metrópoles 2 de 7 Gustavo Petro é presidente da Colômbia desde 2022 Vinícius Schmidt/Metrópoles 3 de 7 Agência Brasil 4 de 7 Pepe Mujica e Gustavo Petro 5 de 7 O presidente dos EUA, Donald Trump, discursa com altos líderes militares na Base do Corpo de Fuzileiros Navais de Quantico, em 30 de setembro de 2025, em Quantico, Virgínia Alex Wong/Getty Imagens 6 de 7 O presidente dos EUA, Donald Trump, discursa com altos líderes militares na Base do Corpo de Fuzileiros Navais de Quantico Andrew Harnik/Getty Images 7 de 7 O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump Reprodução/ TikTok Relação conturbada de Petro e Trump A relação entre Petro e Trump tem ultimamente sido marcada por embates diplomáticos e críticas públicas. No fim de setembro, o presidente colombiano chegou a afirmar que o norte-americano “merece prisão” por apoiar a ofensiva israelense em Gaza, classificando-a como “genocídio”. O episódio aconteceu após o Departamento de Estado dos EUA revogar o visto do colombiano, acusando-o de incitar soldados americanos à desobediência durante manifestações pró-Palestina em Nova York.
Por: Metrópoles

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