• Quinta-feira, 24 de abril de 2025

Pesquisa expande possibilidades para produção sustentável de soja

Grupo de cientistas apoiado pela FAPESP testou uma nova combinação de microrganismos capazes de promover a fixação biológica de nitrogênio no solo. 

Grupo de cientistas apoiado pela FAPESP testou uma nova combinação de microrganismos capazes de promover a fixação biológica de nitrogênio no solo.  O Brasil é o maior produtor de soja do mundo e uma das razões é a incorporação de bioinsumos, ou seja, microrganismos que promovem a fixação biológica de nitrogênio no solo. Sem tal prática, esse nutriente essencial teria de ser suplementado por adubação. Ao manejar o uso de fertilizante, a economia gerada para os produtores no Brasil é estimada em aproximadamente US$ 15 bilhões anuais. O principal bioinsumo hoje usado comercialmente são bactérias do gênero  Bradyrhizobium spp. (rizóbios). Em um estudo  apoiado pela FAPESP, essa estratégia foi combinada com um novo isolado bacteriano (PGPR, sigla em inglês para rizobactérias promotoras do crescimento de plantas). Os resultados foram  divulgados na revista  Microbiology Ecology.
  • Clique aqui para seguir o canal do CompreRural no Whatsapp
  • Antracnose do milho pode ter origem mesoamericana e se espalhou com ajuda humana
    Antracnose do milho pode ter origem mesoamericana e se espalhou com ajuda humana
    “Observamos que houve maior crescimento e produção de vagens nas plantas, sem que os microrganismos lançados no ambiente causem impacto na estrutura da comunidade microbiana nativa”, conta  Leandro Fonseca de Souza, biólogo com pós-doutorado no Laboratório de Genética de Microrganismos da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP). “Além disso, combinar esses microrganismos tem potencial de contribuir com a assimilação do fósforo no solo pela planta, outro nutriente importante suplementado por adubação”, complementa. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Descoberta O  Bacillus thuringiensis RZ2MS9 foi isolado pela primeira vez da rizosfera (região onde o solo e as raízes das plantas entram em contato) de guaraná da Amazônia ( Paullinia cupana, variedade sorbilis) e demonstrou potencial de promover crescimento de soja e milho em experimentos de casa de vegetação e também ensaios em campo. Essa linhagem é capaz de produzir sideróforos (moléculas importantes para captação de nutrientes do ambiente), hormônios vegetais, solubilização de fosfatos e fixação biológica de nitrogênio  in vitro. A linhagem pertence à coleção de microrganismos do Laboratório de Genética de Microrganismos da Esalq, de onde outro isolado, a  Pantoea agglomerans cepa Esalq 33.1, ganhou destaque recentemente como bioinsumo comercial desenvolvido em parceria entre a empresa  Bionat Soluções Biológicas e a Esalq-USP. O estudo inovou ao demonstrar que o uso do microrganismo em campo traz pouca influência sobre a diversidade das funções potenciais naturais do solo. Também apontou que, mesmo quando a diversidade funcional foi influenciada, o efeito foi de curta duração, perdido ao fim de um ciclo de produção de soja. Isso soma evidências à segurança ambiental de utilizar  B. thuringiensis RZ2MS9 em coinoculação com bioinsumos já existentes no mercado para a cultura de soja. O artigo  Co-inoculation with Bacillus thuringiensis RZ2MS9 and rhizobia improves the soybean development and modulates soil functional diversity pode ser lido em:  https://academic.oup.com/femsec/article/101/2/fiaf013/7973005. Fonte: Agência FAPESP VEJA TAMBÉM:
  • Cecafé recebe delegação da China para apresentar cenário dos cafés do Brasil
  • Conab: País colheu 92,5% da área de soja; retirada do milho verão está em 68,2%
  • Mantiqueira Brasil destaca inovações e impactos do marketing e práticas ESG no Avicultor Mais 2025
  • ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago PereiraQuer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias
    Por: Redação

    Artigos Relacionados: