• Domingo, 7 de setembro de 2025

Pequenas lavouras são 97% das unidades produtoras de feijão

Pesquisa da Embrapa levou em conta a área plantada em 6 Estados; grandes propriedades concentram volume de colheita.

A maioria dos produtores de feijão do Brasil planta lavouras menores do que 5 hectares. Essas áreas correspondem a cerca de 97% de unidades produtoras do grão no país, localizadas em 533,5 mil propriedades rurais. O maior volume produzido vem das cerca de 3.000 grandes lavouras: 0,5% do total colhem mais de 1,2 milhão de toneladas, 75% da produção.

Esse é o resultado de uma pesquisa da Embrapa Arroz e Feijão, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária em Goiás, que levou em conta a área plantada dos 6 principais Estados produtores da leguminosa (Paraná, Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Mato Grosso e Bahia).

O estudo utilizou informações do último Censo Agropecuário 2017, publicado em 2023 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Para efeito de análise, houve a adaptação de dados para classificação em 3 categorias:

As lavouras menores do que 5 hectares podem fazer parte ou estar situadas em grandes, médias ou pequenas propriedades rurais. “O tamanho da lavoura de feijão diz respeito especificamente à área de cultivo e não equivale necessariamente ao tamanho da propriedade rural ou do estabelecimento agropecuário produtor onde ela está localizada”, disse Alcido Wander, socioeconomista da Embrapa e um dos responsáveis pelo estudo.

Uma outra constatação dessa pesquisa é que 87% do total de feijão produzido, em torno de 1,5 milhão de toneladas, foram vendidos e abasteceram o mercado; e pouco mais de 200 mil toneladas, isto é, aproximadamente 13% da produção, não chegaram à comercialização e indicam autoconsumo pelas propriedades rurais.

Wander considera que a produção brasileira de feijões ao longo do tempo tem sido ajustada ao consumo interno. De acordo com ele, nos últimos 10 anos, a produção no Brasil tem oscilado entre 2,5 milhões de toneladas e 3,4 milhões de toneladas. Já as importações ficam próximas a 100 mil toneladas por ano. Esses volumes têm ajudado o país a manter o abastecimento interno.

Um fato relatado pelo pesquisador é que as exportações de feijão vêm superando as importações em anos recentes. Segundo levantamento realizado a partir de informações adaptadas da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o Brasil se tornou um exportador líquido em feijões. A balança comercial se inverteu a partir da safra 2017-18.

Com informações da Embrapa Notícias.

Por: Poder360

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