Munidos de esperança e com a vontade de reconstruir suas vidas, milhares de retornam para casa, neste sábado (11/10). No segundo dia de cessar-fogo, famílias seguem em direção à Cidade de Gaza pela estrada principal que vai até o território com seus pertences.
Apesar do cenário de destruição, eles saem dos acampamentos improvisados no sul do território e para o norte, muitos a pé.
Com o cessar-fogo, que entrou em vigor na sexta-feira (10/10), há a esperança de que o Hamas liberte os reféns que ainda estão em cativeiro. A expectativa é que 20 pessoas estejam vivas.
O recuo das tropas israelenses facilitou a volta das pessoas que passaram dois anos em um cerco de bombardeios, fome e destruição. Segundo informações da Defesa Civil de Gaza, por meio de seu porta-voz, Mahmud Bassal, somente na sexta cerca de 200 mil palestinos se deslocaram para o norte do território.
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Cessar-fogo
Um acordo de cessar-fogo entre após dois anos de conflitos intensos na Faixa de Gaza.
O anúncio foi dado pelo presidente dos Estados Unidos, , segundo o qual ambos assinaram a primeira fase do cessar-fogo.
A primeira fase se destaca pelo cessar-fogo imediato e a libertação de cerca de 2 mil prisioneiros palestinos após o reféns retornarem a Israel.
Ao fim do cumprimento dos termos acordados na primeira etapa, outros pontos do plano de paz começam a serem abordados.
Na sexta, imagens divulgadas nas redes sociais mostraram uma enorme fila de palestinos que tiveram que se isolar da guerra, retornando oficialmente para a Cidade de Gaza onde prédios e casas estão destruídos.
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Alguns caminharam ao longo da estrada Al-Rachid, eixo costeiro que margeia o Mediterrâneo. Veículos também foram registrados.
Recuo de Israel
As forças israelenses se retiraram do posto de controle militar no Corredor Netzarim, ao sul da Cidade de Gaza. Com o recuo, Israel continuará ocupando cerca de 53% do território palestino, contra mais de 80% antes do cessar-fogo.
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Uma operação logística israelense também foi realizada para o deslocamento ajustado das tropas da IDF na Faixa de Gaza.
Em nota, as autoridades confirmaram que a circulação de sul a norte em Gaza, , está novamente permitida, tanto pela estrada Al-Rashid quanto pela estrada Salah al-Din.
Apesar da liberação, os palestinos em Gaza foram alertados a evitar a passagem de Rafah, o Corredor de Filadélfia e qualquer concentração de tropas na região de Khan Younis, onde as FDI permanecem.
Primeira fase do acordo
É esperado que o grupo palestino após Israel libertar 250 palestinos presos em Tel Aviv e outros 1,7 mil detidos em Gaza.
O exército israelense informou que, “neste momento”, está se preparando para receber os reféns.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou, em um comunicado televisionado, que, “ao longo dos dois anos desde o início da guerra”, prometeu às famílias dos reféns que os traria de volta e que a promessa está sendo cumprida.
Apesar do fim da guerra em Gaza, iniciada em 7 de outubro de 2023, muitos palestinos relutam em retornar às suas casas, que foram destruídas pelos bombardeios israelenses.
O presidente dos EUA, Donald Trump, mediador do cessar-fogo, havia anunciado, entretanto, que um dos acordos do Plano de Paz envolveria a reconstrução de Gaza.
Mortos e feridos
Após dois anos, o conflito deixou 67.211 mortos no território palestino desde o início da ofensiva, segundo última atualização do Ministério da Saúde da Palestina. Segundo o relatório estatístico diário, desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023, o número de feridos chega a 57 mil.
Do total de mortos, quase 5 mil eram crianças, cerca de 10 mil eram mulheres e mais de 20 mil eram homens.