• Quinta-feira, 23 de outubro de 2025

‘Pai das Rédeas’: Brasil perde um dos grandes garanhões do Cavalo Crioulo

Lenda das Rédeas: Duque do Caajara, o garanhão que levou o Cavalo Crioulo ao topo, morre aos 25 anos; Símbolo da raça e primeiro Crioulo a integrar o Hall da Fama da ANCR, o lendário reprodutor deixa um legado eterno para o cavalo crioulo e para o povo gaúcho

Lenda das Rédeas: Duque do Caajara, o garanhão que levou o Cavalo Crioulo ao topo, morre aos 25 anos; Símbolo da raça e primeiro Crioulo a integrar o Hall da Fama da ANCR, o lendário reprodutor deixa um legado eterno para o cavalo crioulo e para o povo gaúcho A quinta-feira, marcada pelo tradicional Throwback Thursday — ou simplesmente “TBT” —, ganhou um tom de profunda saudade no universo crioulista. O dia 23 de outubro ficará lembrado como a data em que o excepcional reprodutor Duque do Caajara, um dos nomes mais importantes da história das rédeas e símbolo da raça Crioula, partiu aos 25 anos de idade. Figura lendária, Duque foi mais que um cavalo: foi um divisor de águas na trajetória do Cavalo Crioulo nas pistas nacionais e internacionais. Multi premiado e reconhecido mundialmente, o baio rosilho conquistou admiradores pelo talento, temperamento e por seu legado genético incomparável. Cavalo Crioulo Duque do Caajara - foto Clovis S Prates
Foto: Clóvis Souza Prates
O “Pai das Rédeas” É impossível falar sobre a modalidade de rédeas no Brasil sem mencionar o nome Duque do Caajara. O cavalo marcou época ao se tornar o primeiro exemplar da raça Crioula a competir no Potro do Futuro, em Oklahoma City (EUA) — um feito histórico que abriu portas e mostrou ao mundo o potencial da raça brasileira. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Seus descendentes continuam confirmando a força do seu sangue competitivo. Por isso, Duque alcançou um patamar inédito, sendo reconhecido entre os principais reprodutores da modalidade. No ranking da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), figurava entre os mais influentes “Pais das Rédeas”. Em 2022, foi homenageado pela Associação Nacional de Cavalo de Rédeas (ANCR), em Avaré (SP), ao entrar para o Hall da Fama, tornando-se o primeiro Cavalo Crioulo a conquistar esse espaço — até então, reservado apenas a exemplares da raça Quarto de Milha. Um marco histórico que eternizou seu nome entre os maiores. Um legado que atravessa gerações Nascido em Guaratinguetá (SP), no Haras Caajara, de André de Pieri Spina, Duque do Caajara pertencia à Cabanha 38 Agropecuária Ltda, de Capão da Canoa (RS), sob a criação de João Carlos Brasil Feijó. A cabanha não divulgou as causas da morte. Mais do que conquistas em pista, Duque representou o orgulho do povo gaúcho, que vê no Cavalo Crioulo um verdadeiro símbolo cultural e histórico. A raça, originária dos pampas e profundamente ligada às tradições do Rio Grande do Sul, tem em animais como Duque a expressão máxima de força, resistência e talento — características que espelham a alma campeira e o espírito do gaúcho. Patrimônio do Cavalo Crioulo A partida de Duque do Caajara deixa um vazio irreparável, mas seu legado permanece vivo em cada descendente, em cada prêmio conquistado e na memória de todos que vibraram com suas apresentações. Mais do que um reprodutor, ele foi um embaixador do Cavalo Crioulo, mostrando ao mundo que o Brasil — e especialmente o Rio Grande do Sul — possui uma das raças mais completas, versáteis e apaixonantes do planeta. A história de Duque do Caajara é, sem dúvida, a história de um ícone que elevou o nome da raça crioula e eternizou seu papel como o verdadeiro “Pai das Rédeas”.
Por: Redação

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