França, Alemanha e Dinamarca enviarão caças e outros recursos militares para reforçar a defesa aérea da Polônia contra incursões de drones russos. O anúncio foi feito por líderes da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), 2 dias depois de 21 drones russos cruzarem a fronteira polonesa. O Reino Unido também manifestou disposição para apoiar a iniciativa, chamada Eastern Sentry. As informações são do The Guardian.
Segundo a organização, só 3 ou 4 drones foram abatidos durante o episódio de 4ª feira (10.set). O avanço de um deles dentro do território polonês levou ao fechamento temporário de 4 aeroportos no país. O primeiro-ministro Donald Tusk (Plataforma Cívica, centro-direita) disse que a invasão não foi acidental. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), sugeriu que poderia ter sido um erro, embora tenha criticado o incidente.
Mark Rutte, secretário-geral da Otan, afirmou que o que considerou ser imprudência da Rússia tem aumentado ao longo do flanco oriental da aliança, com casos também em Romênia, Estônia, Letônia e Lituânia. Ele explicou que a Eastern Sentry será expandida do Ártico ao Mediterrâneo, incluindo capacidades militares e sistemas voltados para enfrentar especificamente o uso de drones.
A contribuição de cada país já foi definida: a Dinamarca enviará 2 caças F-16 e uma fragata antiaérea, a França fornecerá 3 caças Rafale e a Alemanha disponibilizará 4 Typhoons. O Reino Unido pode integrar a missão com até 6 caças Typhoons, de acordo com a reportagem do Guardian.
A operação é realizada em um momento de estagnação das negociações de paz entre Rússia e Ucrânia. Em Kiev, o presidente Volodymyr Zelensky (Servo do Povo, centro) recebeu Keith Kellogg, enviado especial dos Estados Unidos, e Yvette Cooper, secretária britânica de Relações Exteriores. Cooper anunciou novas sanções contra Moscou, enquanto Zelensky voltou a afirmar que o objetivo de Putin é ocupar toda a Ucrânia.