A afirmou nesta terça-feira (28/10) estar “horrorizada” com a megaoperação policial realizada nas comunidades da Penha e do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro. A ação, deflagrada para combater a facção criminosa Comando Vermelho,, entre eles quatro policiais, e já é considerada a operação mais letal da história do estado.
“Estamos horrorizados com a operação policial em andamento nas favelas do Rio de Janeiro, que supostamente já resultou na morte de mais de 60 pessoas, incluindo 4 policiais. Esta operação mortal reforça a tendência de consequências letais extremas das operações policiais nas comunidades marginalizadas do Brasil”, declarou o Escritório de Direitos Humanos da ONU no X (antigo Twitter).
A organização pediu que as autoridades brasileiras realizem “investigações rápidas e eficazes”, e lembrou o país de suas “obrigações sob o direito internacional dos direitos humanos”.
Mensagem da :
— ONU Derechos Humanos – América del Sur (@ONU_derechos)
Megaoperação
A ofensiva, que mobilizou 2,5 mil agentes de segurança, foi deflagrada com o objetivo de cumprir 51 mandados de prisão contra integrantes do Comando Vermelho. O foco da ação era conter o avanço territorial da facção e prender lideranças do tráfico de drogas.
Segundo as forças de segurança, 81 pessoas foram presas e ao menos 75 fuzis apreendidos. O arsenal encontrado reforçou a dimensão do poder de fogo da facção nas áreas ocupadas.

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1 de 6 Cerca de 2.500 agentes das policias civil e militar participam nesta terca-feira (28) da "Operacao Contencaoî nos complexos da Penha e do Alemao, Zona Norte do Rio GBERTO RAS/Agencia Enquadrar/Agencia O Globo
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2 de 6 Megaoperação no Rio de Janeiro RS/Fotos Públicas
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3 de 6 Megaoperação no Rio de Janeiro Fabiano Rocha / Agência O Globo
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4 de 6 Policiais durante megaoperação no Rio de Janeiro Fernando Frazão/Agência Brasil
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5 de 6 Megaoperação no Rio de Janeiro Fabiano Rocha / Agência O Globo
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6 de 6 Megaoperação no Rio de Janeiro
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Quatro agentes foram mortos: os policiais civis Marcos Vinicius Cardoso Carvalho, 51 anos, conhecido como Máskara, chefe da 53ª Delegacia de Mesquita, e Rodrigo Velloso Cabral, 34, da 39ª DP (Pavuna); além dos policiais militares Cleiton Serafim Gonçalves e Herbert, ambos do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais).
A ação contou com apoio do , por meio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e do Bope. O Gaeco denunciou 67 pessoas por associação para o tráfico, além de três por tortura.
Segundo o MPRJ, o Complexo da Penha, por sua localização próxima a vias expressas, tornou-se uma das principais bases do projeto de expansão do Comando Vermelho. O grupo atua em comunidades estratégicas, inclusive na zona oeste, como Gardênia Azul, César Maia e Juramento, algumas recentemente disputadas por milicianos.