• Terça-feira, 23 de dezembro de 2025

Na ONU, Rússia e China reafirmam apoio à Venezuela e criticam os EUA

Rússia e China alinham discursos e condenam bloqueio naval e sanções dos EUA à Venezuela, e dizem que ações violam a Carta da ONU

adotaram um tom duro contra os durante reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas, realizada nesta terça-feira (23/12), para discutir a escalada de tensões envolvendo a Venezuela. As duas potências acusaram Washington de violar o direito internacional, impor um bloqueio naval ilegal e interferir nos assuntos internos do país sul-americano. Representando a China, o embaixador alternativo Geng Shuang afirmou que Pequim se opõe “firmemente a todos os atos de unilateralismo e intimidação” praticados pelos Estados Unidos. Shuang destacou ainda a importância de uma carta recente enviada por Nicolás Maduro e afirmou que, como Estado soberano, a Venezuela tem o direito de desenvolver cooperação internacional de forma independente. Na ONU, Rússia e China reafirmam apoio à Venezuela e criticam os EUA - destaque galeria3 imagens Na ONU, Rússia e China reafirmam apoio à Venezuela e criticam os EUA - imagem 2Putin ao lado de Xi e KimFechar modal. MetrópolesMaduro recebe medalha de arquiteto da paz após Corina receber Nobel1 de 3 Maduro recebe medalha de arquiteto da paz após Corina receber Nobel Gabinete de Imprensa da Presidência da Venezuela Na ONU, Rússia e China reafirmam apoio à Venezuela e criticam os EUA - imagem 22 de 3 Tasos Katopodis/Getty Images Putin ao lado de Xi e Kim3 de 3 Putin ao lado de Xi e Kim Sergey Bobylev / RIA Novosti/Anadolu via Getty Images EUA x Venezuela O debate no Conselho de Segurança foi solicitado pela Venezuela após o anúncio de um bloqueio naval determinado por Donald Trump, e de ameaças de uso da força militar. No início da sessão, o subsecretário-geral da ONU Khaled Khiari alertou para o aumento das operações militares dos EUA na costa venezuelana, que representam o maior destacamento norte-americano no Caribe em décadas. Washington afirma que as operações têm relação com o combate ao narcotráfico, acusações que o governo venezuelano nega. Caracas sustenta que a ofensiva pretende pressionar por uma mudança de regime e garantir acesso às maiores reservas comprovadas de petróleo do mundo. Trump afirmou que vai manter sob seu controle os 1,9 milhão de barris de petróleo apreendidos em um navio-tanque na costa da Venezuela. Leia também A Rússia foi ainda mais incisiva. O embaixador russo na ONU, Vasily Nebenzya, condenou a apreensão de navios-tanque por forças norte-americanas e classificou o bloqueio imposto à costa venezuelana como “um claro ato de agressão”. Nebenzya acusou Washington de ser responsável pelas “consequências catastróficas” para o povo venezuelano e descreveu a postura dos EUA como um comportamento “de caubói”.
Por: Metrópoles

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