Na Indonésia, Lula pede que mundo não faça “segunda Guerra Fria”
Em discurso, o presidente defendeu o multilateralismo e a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas
O presidente disse, nesta quinta-feira (23/10), não querer uma “segunda Guerra Fria”, em meio ao acirramento de conflitos globais e o aumento de práticas protecionistas no comércio. Em visita à Indonésia, o .
“Indonésia e Brasil não querem uma segunda Guerra Fria. Nós queremos comércio livre. E, mais ainda: tanto a Indonésia quanto o Brasil têm interesse em discutir a possibilidade de comercialização entre nós dois ser com as nossas moedas. Essa é uma coisa que nós precisamos mudar”, afirmou o chefe do Planalto ao lado do presidente indonésio, Prabowo Subianto.
O presidente brasileiro fez uma referência à Guerra Fria entre os blocos soviético e capitalista que preocupou o mundo desde o fim da Segunda Guerra Mundial, nos anos 1940, até o fim da União Soviética, em 1991.
O petista seguiu: “Nós queremos multilateralismo e não unilateralismo. Nós queremos democracia comercial e não protecionismo. Nós queremos crescer, gerar empregos. Emprego de qualidade, porque é para isso que nós fomos eleitos para representar o nosso povo”.
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No discurso, o presidente brasileiro também salientou a concordância entre Brasil e Indonésia em temas como a paz na Faixa de Gaza e a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
“Nossos governos estão unidos contra o genocídio em Gaza e continuarão a defender a solução de Dois Estados como o único caminho possível para a paz no Oriente Médio. Somente uma reforma integral do Conselho de Segurança pode resolver sua falta de representatividade e presente paralisia. Ambos apoiamos o comércio baseado em regras, centrado na OMC”, ressaltou.
Nesta quinta, Lula foi recebido em uma cerimônia de visita de Estado no Palácio Merdeka, em Jacarta, capital da Indonésia. Compõem a comitiva presidencial os ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Carlos Fávaro (Agricultura), Alexandre Silveira (Minas e Energia), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), além do presidente do , Gabriel Galípolo.
Na ocasião, os representantes do dois países assinaram atos nas áreas de agricultura, energia e mineração, ciência e tecnologia e comércio.
Por: Metrópoles