• Quinta-feira, 23 de outubro de 2025

Rússia reage a novas sanções dos EUA e diz ter “forte imunidade”

Porta-voz do governo russo classificou as medidas de Washington como “contraproducentes” e afirmou que o país seguirá fortalecendo sua economia.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou, nesta 5ª feira (23.out.2025), que o país desenvolveu uma “forte imunidade” às sanções impostas pelo Ocidente, em resposta às novas medidas anunciadas pelo Departamento do Tesouro dos EUA (Estados Unidos).

A declaração consta em comunicado feito pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Federação Russa, Maria Zakharova. Ela classificou as sanções como “contraproducentes” e disse que Washington repetirá políticas fracassadas de administrações anteriores.

“Se a atual administração norte-americana tentar, como as anteriores, coagir ou forçar a Rússia a agir contra seus interesses nacionais por meio de sanções injustificadas, o resultado será desastroso”, disse Zakharova.

Segundo a diplomata, o país continuará a avançar “com confiança” em seu desenvolvimento econômico, mesmo diante das restrições.

“Nosso país desenvolveu uma forte imunidade às restrições ocidentais e continuará a desenvolver com confiança seu potencial econômico, incluindo o energético”, afirmou.

Zakharova reforçou que a Rússia permanece aberta ao diálogo com os Estados Unidos dentro dos parâmetros definidos pelos presidentes Vladimir Putin e Donald Trump, mas ressaltou que Moscou não renunciará aos objetivos da “operação militar especial” na Ucrânia.

O Ministério das Relações Exteriores reiterou que a política russa para a resolução do conflito é “baseada na obtenção de garantias de segurança duradouras”, na neutralidade da Ucrânia e na proteção da população russa.

O anúncio das novas sanções foi direcionado às petrolíferas russas, para que Moscou concorde com um cessar-fogo imediato. “Dada a recusa do Presidente Putin em pôr fim a esta guerra sem sentido, o Tesouro está sancionando as duas maiores empresas petrolíferas da Rússia que financiam a máquina de guerra do Kremlin”, afirmou Scott Bessent, secretário do Tesouro.

As medidas norte-americanas miram as principais companhias petrolíferas da Rússia, Rosneft e Lukoil, e dezenas de subsidiárias das duas empresas. Segundo Washington, o objetivo é pressionar Moscou a aceitar um cessar-fogo imediato na guerra na Ucrânia.

O governo dos EUA disse ainda que as sanções ampliam o bloqueio a ativos e propriedades sob jurisdição americana e proíbem qualquer transação com as empresas designadas, direta ou indiretamente, por cidadãos ou instituições financeiras dos Estados Unidos.

Entre as subsidiárias incluídas na lista estão unidades da Rosneft e da Lukoil que atuam em produção, refino, transporte e desenvolvimento de campos de petróleo e gás em diversas regiões da Rússia, como a Sibéria Ocidental e o Mar Cáspio.

Por: Poder360

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