Os nomes de Elon Musk e Steve Bannon aparecem em arquivos relacionados a Jeffrey Epstein divulgados na 6ª feira (26.set.2025) por deputados democratas do Comitê de Supervisão da Câmara dos Estados Unidos. Acusado por tráfico sexual, exploração e abuso sexual de menores, ele foi detido em julho de 2019 e se suicidou na prisão enquanto aguardava julgamento.
Os arquivos contêm registros de mensagens telefônicas, cópias de registros de voo e de livros-razão financeiros, além de uma agenda de Epstein. Os documentos (íntegra, em inglês – PDF – 2 MB) também incluem menções a figuras proeminentes como Peter Thiel e o príncipe Andrew.
Musk teria sido convidado para a ilha de Epstein em dezembro de 2014. No passado, o empresário havia dito ter sido convidado para visitar o local, mas que recusou.
Nos arquivos, há uma entrada de 6 de dezembro de 2014 que diz: “Lembrete: Elon Musk irá para a ilha em 6 de dezembro (isso ainda vai acontecer?)”.
Thiel e Bannon teriam encontros agendados com Epstein. Já o príncipe Andrew é listado como passageiro da aeronave de Epstein.
“Deve ficar claro para todos os norte-americanos que Jeffrey Epstein era amigo de alguns dos homens mais poderosos e ricos do mundo. Cada novo documento produzido fornece novas informações enquanto trabalhamos para trazer justiça aos sobreviventes e às vítimas”, disse a porta-voz do comitê, Sara Guerrero.
Musk integrou o governo do presidente Donald Trump (Partido Republicano). Bannon é ex-estrategista do republicano.
O comitê divulgou, em 8 de setembro, cópia de uma suposta carta de Trump a Epstein. Com 238 páginas, o documento divulgado pelos democratas na ocasião tinha, em uma das páginas, uma mensagem datilografada no desenho de uma silhueta de uma mulher nua desenhada à mão. Uma suposta assinatura de Trump aparece abaixo do desenho.
O vice-chefe de Gabinete da Casa Branca, Taylor Budowich, declarou que a assinatura na carta não é de Trump e que a divulgação do documento é uma “difamação”.
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que a carta é falsa e que “está muito claro que o presidente Trump não desenhou a imagem nem a assinou”.
Em 2 de setembro, a comissão já havia divulgado mais de 33.000 páginas do caso Epstein, fornecidos pelo Departamento de Justiça do país. No entanto, tanto democratas quanto republicanos afirmaram que quase todo o conteúdo liberado já era informação pública.