O Ministério Público Federal abriu investigação na 5ª feira (7.ago.2025) para apurar possível favorecimento ao Santos no processo de venda do terreno onde funciona o CT (Centro de Treinamento) Rei Pelé. A apuração foi iniciada em 1º de agosto depois da denúncia anônima motivada por declarações de Júnior Bozzella, dirigente santista, sobre articulações para garantir a posse definitiva da área.
O espaço pertence à Secretaria do Patrimônio da União e será leiloado pelo governo federal. O Santos, atual ocupante, busca recursos para adquiri-lo, mas a licitação ainda não tem data marcada. A área será colocada à venda por suposto descumprimento de obrigações sociais exigidas na cessão original.
O MPF solicitou informações sobre o processo a diversos órgãos envolvidos, como SPU, Caixa, Ministério da Gestão e CGU (Controladoria Geral da União), além do próprio clube. O Santos tem 20 dias para responder aos questionamentos.
Segundo o MPF, o leilão seguirá normalmente, a menos que haja decisão judicial contrária. Até o momento, o edital não foi publicado, e o valor estimado da área não foi divulgado.
Eis a íntegra da nota do Santos:
“O Santos Futebol Clube informa que seguiu rigorosamente o trâmite processual adequado, tendo protocolado formalmente, em 1 de fevereiro de 2024, sua Proposta de Aquisição de Imóvel junto à Secretaria de Patrimônio da União (SPU), devidamente firmada pelo Clube, conforme previsto nas normas aplicáveis.
“Todo o processo tramita por meio de plataforma oficial do Governo Federal, sendo integralmente acessível às partes devidamente habilitadas, o que assegura a total transparência e publicidade dos atos praticados no âmbito do procedimento administrativo.
“E por certo a publicação do edital obedece aos prazos e ritos definidos única e exclusivamente pelo próprio órgão público competente, sem qualquer ingerência do Clube proponente.
“O Santos Futebol Clube, por meio de seu departamento jurídico, se colocou à disposição do Ministério Público Federal para prestar os esclarecimentos necessários e reafirma a legalidade dos atos em todo este processo”.