• Sábado, 9 de agosto de 2025

Com colheita na reta final no Brasil, mercado de café segue volátil tentando assimilar tarifaço

O Brasil, maior produtor e exportador mundial, é o principal fornecedor de café para os Estados Unidos, maior consumidor global.

O Brasil, maior produtor e exportador mundial, é o principal fornecedor de café para os Estados Unidos, maior consumidor global. O mercado internacional do café teve uma semana marcada por volatilidade nas Bolsas de Nova York para o arábica e de Londres para o robusta. Não poderia ser diferente com o mercado tentando assimilar o tarifaço de 50% dos Estados Unidos sobre as importações do Brasil. A medida entrou em vigor em 06 de agosto e seguem as negociações para tentar reverter esse cenário preocupante, com as entidades do Brasil e EUA buscando ao menos colocar o café na lista de exceções da regra. O Brasil, maior produtor e exportador mundial, é o principal fornecedor de café para os Estados Unidos, maior consumidor global. O Brasil representa cerca de 30% de tudo que os EUA compram. Já os EUA são o principal destino individual do café brasileiro, em torno de 15% a 20%.
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  • Por que os cavalos devem ser casqueados
    Por que os cavalos devem ser casqueados
    O impacto inicial do tarifaço é altista para os preços, por romper o comércio importante entre as duas nações e fazer os compradores americanos terem de correr para buscar alternativas de oferta, tendo de pagar mais caro pelo café. A queda nos estoques certificados da bolsa acaba demonstrando essa preocupação e indicam uma escassez na oferta de curto prazo. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Porém, para o longo prazo há preocupações, entre elas que o aumento no custo ao consumidor final americano possa reduzir a demanda pelo café. E naturalmente isso é um cenário negativo para as cotações. No balanço da semana, entre as quintas-feiras (31 de julho e 07 de agosto), na Bolsa de Nova York o arábica para setembro subiu 0,7%, de 295,80 para 297,80 centavos de dólar por libra-peso. Mas, nesta sexta-feira, dia 08 de agosto, no fechamento desta edição da coluna, os mercados em NY e Londres vão apresentando valorização em torno de 3% próximo às 11 da manhã. Em Londres, o contrato setembro acumulou na semana até o dia 07 uma alta de 0,5%. No Brasil, o mercado físico segue em tom de cautela entre compradores e vendedores, esperando os desdobramentos do tarifaço. O dólar em queda de 3,2% no comercial nos últimos sete dias é um aspecto baixista para as cotações do café. Assim, o café arábica bebida boa no sul de Minas Gerais no balanço semanal ficou estável, em R$ 1.810,00 a saca na base de compra. O conilon tipo 7 em Vitória, Espírito Santo, teve baixa na semana de 1,5%, terminando a quinta-feira, dia 07, em R$ 1.000,00 a saca na base de compra. Colheita A colheita de café no Brasil caminha para a reta final. Levantamento semanal de  Safras & Mercado indica que, até o dia 6 de agosto, 94% da safra 2025/26 foi colhida. Isso representa um avanço de 4 pontos percentuais em relação à semana anterior, com a cadência dos trabalhos diminuindo, como é típico no encerramento da colheita. Ainda assim, o ritmo permanece acelerado, superando os 92% registrados no mesmo período do ano passado e também a média dos últimos cinco anos (2020–2025), que é de 89% para esta época do ano. A colheita do café canéfora (conilon/robusta) está praticamente encerrada, com 99% da safra colhida, restando apenas alguns produtores maiores finalizarem os trabalhos. O desempenho está em linha com o registrado no mesmo período de 2024, mas acima da média dos últimos 5 anos, de 98%. “A safra brasileira de conilon/robusta tem resultado positivo e deve confirmar as expectativas iniciais”, aponta o consultor de Safras & Mercado, Gil Barabach. No caso do arábica, a colheita alcança 91% da produção, com avanço de 6 pontos percentuais em relação à semana anterior. O ritmo também supera o registrado no mesmo período de 2024 (88%) e a média dos últimos cinco anos (84%). “Aumentam as queixas entre os produtores quanto ao desempenho da produção nesta reta final de safra, com muitos relatos de quebra de renda”, observa Barabach. Fonte: Safras News VEJA TAMBÉM:
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  • ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias
    Por: Redação

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