O escritor Luis Fernando Verissimo morreu aos 88 anos neste sábado (30.ago.2025). Ele estava internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre (RS), desde 17 de agosto, com princípio de pneumonia.
Verissimo havia sofrido um AVC (Acidente Vascular Cerebral) em janeiro de 2021, que afetou suas funções motoras e a fala. Também foi diagnosticado com doença de Parkinson e apresentava problemas cardíacos, incluindo a necessidade de um marcapasso implantado em 2022.
Verissimo nasceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, em 26 de setembro de 1936. Filho do renomado escritor Érico Verissimo, autor da trilogia “O Tempo e o Vento”, passou parte da infância e adolescência nos EUA, acompanhando os compromissos profissionais do pai.
De 1943 a 1945, residiu em Washington, D.C., onde o pai atuou como professor na Universidade da Califórnia em Berkeley. Depois, de 1947 a 1949, viveu em San Francisco, Califórnia. Durante esse período, cursou parte do ensino fundamental em San Francisco e Los Angeles, e completou o ensino médio na Roosevelt High School, em Washington.
Quando morava na capital norte-americana, desenvolveu uma paixão pelo jazz, iniciando os estudos de saxofone. Realizava frequentes viagens a Nova York para assistir a apresentações de músicos renomados da época, como Charlie Parker e Dizzy Gillespie.
De volta ao Brasil em 1956, radicou-se em Porto Alegre, onde iniciou a carreira profissional como revisor de textos e redator publicitário.
O jornalismo foi a porta de entrada para sua consagração. Em 1967, passou a assinar uma coluna no jornal Zero Hora, em Porto Alegre, onde consolidou seu estilo de crônica — transformando o cotidiano em reflexões agudas e bem-humoradas.
Verissimo também colaborou com jornais nacionais, como O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo.
A produção literária de Verissimo inclui crônicas, contos, romances, quadrinhos e peças de teatro. Entre suas obras mais conhecidas estão:
