• Segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Moraes libera deportada dos EUA envolvida nos atos do 8 de Janeiro

Cristiane da Silva fugiu em 2024 depois de romper a tornozeleira eletrônica; foi detida nos EUA em janeiro de 2025.

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinou a soltura de Cristiane da Silva, a 1ª participante dos atos de 8 de Janeiro deportada dos Estados Unidos por imigração irregular. A decisão foi tomada no dia 3 de setembro, durante o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposta tentativa de golpe de Estado. Eis a íntegra (PDF – 157 kB kB).

Garçonete, ela retornou a Balneário Camboriú (SC) na 6ª feira (6.set.2025), depois de permanecer 228 dias detida entre o sistema prisional norte-americano e o cearense. Cristiane havia fugido do Brasil em 2024, quando quebrou sua tornozeleira eletrônica e fugiu para a Argentina.

A pena de restrição de liberdade foi substituída pelo ministro para algumas restrições de direitos. São elas:

A pena financeira estabelecida inclui o pagamento de multa individual de R$ 13.000 e participação em multa solidária de R$ 5 milhões, que será dividida entre os mais de 400 condenados pelos ataques, estimada em aproximadamente R$ 12.000 por pessoa.

O ministro Alexandre de Moraes alertou que o descumprimento das condições impostas pode resultar em nova prisão. “Desse modo, presentes as hipóteses autorizadoras do restabelecimento da pena restritiva imposta à sentenciada, ressaltando que havendo descumprimento injustificado da pena substitutiva imposta, a pena restritiva de direitos será convertida em privativa de liberdade”, lê-se no documento.

O caso teve início quando Cristiane foi detida no quartel general do Exército em 9 de janeiro de 2023, 1 dia depois dos ataques na Praça dos Três Poderes. Em sua defesa, ela afirmou que estava em Brasília apenas para “passear e conhecer a capital” e negou participação nos atos. A informação também é do Uol.

Em janeiro de 2025, 1 dia depois da posse do presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano), Cristiane foi detida pelo serviço de imigração norte-americano. Ela permaneceu sob custódia da ICE (Immigration and Customs Enforcement) até ser deportada para o Brasil em maio, quando ficou presa em Fortaleza (CE).

Em fevereiro de 2025, enquanto estava detida nos EUA, o STF condenou Cristiane a 1 ano de prisão por incitação ao crime e associação criminosa, não por tentativa de golpe.

Além dela, outras 3 mulheres envolvidas no 8 de Janeiro foram presas nos Estados Unidos.

Eis as mulheres detidas pela ICE:

As 4 seriam parte de um grupo que deixou o Brasil no 1º semestre de 2024 e se estabeleceu na Argentina. Mas, em meados de novembro, a Justiça argentina emitiu mandados de prisão contra os brasileiros considerados foragidos por terem sido condenados pelo 8 de Janeiro.

Os mandados foram emitidos depois do pedido de extradição feito pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes em 15 de outubro. Depois disso, elas fugiram para os EUA, buscando refúgio no governo Trump, aliado de Bolsonaro.

Por: Poder360

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