• Sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Ministro de Israel promete lucro e “boom imobiliário” em Gaza

Smotrich diz que “plano de negócios” foi apresentado a Trump

Questionado sobre os planos para colonização israelense na Faixa de Gaza após a guerra, o ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, afirmou que há um “plano de negócios” na mesa do presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, que vai trazer muito lucro com a destruição da infraestrutura civil do território palestino.

"Existe um plano de negócios, elaborado pelos profissionais mais qualificados, que está sobre a mesa do presidente Trump, sobre como transformar esta situação numa mina de ouro imobiliária, sem brincadeira”, disse o ministro ligado ao partido ultranacionalista Religious Zionism (Sionismo Religioso), que faz parte da coalizão do governo de Israel.

Conhecido por pregar o controle de Israel sobre todos os territórios palestinos, Smotrich acrescentou que Israel já realizou a fase da demolição das estruturas.

“Tendo investido muito dinheiro nesta guerra, devemos partilhar os lucros da comercialização de terrenos em Gaza. A fase de demolição, que sempre foi a primeira fase da renovação urbana que realizamos, agora é preciso construir”, completou o ministro israelense.

Estima-se que Israel já tenha destruído cerca de 90% da infraestrutura de Gaza e deslocado quase a totalidade dos 2 milhões de palestinos que vivem na região. Devido as ações militares em Gaza, o governo de Tel Aviv vem sendo acusado de praticar um genocídio, por países, organizações de direitos humanos, relatórios das Nações Unidas e por grupos de estudiosos sobre o crime de genocídio. O governo de Benjamin Netanyahu nega.  Já o presidente dos EUA tem defendido a expulsão dos palestinos de Gaza e a construção de uma espécie de “Riviera do Oriente Médio”, espécie de litoral turístico. A proposta é rejeitada pelas organizações palestinas, pelos Estados árabes e maioria dos países do planeta.  Resoluções da ONU proíbem a aquisição de territórios por meio da guerra, sendo essa prática uma violação do direito internacional.  Relacionadas
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Por: Redação

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