• Terça-feira, 8 de abril de 2025

Médicos apoiam exame obrigatório para atuar no Brasil

Pesquisa do CFM mostra que 90% são a favor da prova; proposta será analisada por comissão do Senado na 4ª feira (9.abr).

Uma pesquisa do CFM (Conselho Federal de Medicina) mostra que 90% dos médicos brasileiros são favoráveis à criação de um exame de proficiência obrigatório para o exercício da medicina no país. Somente 7% são contra, e 3% se declararam neutros. O levantamento ouviu 44.933 profissionais de dezembro de 2024 a abril de 2025. Leia a íntegra (PDF – 834 kB).

A proposta está prevista no PL (Projeto de Lei) nº 2294/24, do senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP). O texto será analisado pela CAS (Comissão de Assuntos Sociais) na 4ª feira (9.abr.2025). Se aprovado, seguirá para a Câmara dos Deputados.

O exame funcionaria de forma semelhante à prova aplicada pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) aos bacharéis em Direito. A ideia é que apenas estudantes aprovados possam obter registro profissional nos CRMs (Conselhos Regionais de Medicina). A regulamentação seria feita pelo CFM e as provas aplicadas pelos CRMs.

Segundo o presidente do CFM, José Hiran Gallo, os dados demonstram apoio da categoria e indicam que o exame pode contribuir para a melhoria do ensino e da prática médica no Brasil. “Para 82% dos médicos, o exame pode melhorar a qualidade do ensino. Outros 81% acreditam que a medida também elevará o nível da atuação profissional”, afirmou Gallo.

Além disso, para 78% dos entrevistados, o exame pode aumentar a confiança da população nos médicos. Mas há divergência sobre o momento ideal de aplicação da prova: 51% defendem que seja feita ao final do curso, enquanto 42% preferem que seja feita ao longo da graduação.

A maior concordância entre os médicos está na exigência da prova para profissionais formados no exterior. Para 92%, médicos estrangeiros ou brasileiros graduados fora do país devem ser submetidos ao exame para atuar no Brasil.

“A prova avaliará competências éticas, conhecimentos teóricos e habilidades clínicas com base em padrões mínimos para o exercício da profissão. Isso garantirá melhor atendimento à população, especialmente a mais vulnerável”, disse Gallo.

Por: Poder360

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