• Segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Mansur vende para sócios gestora Reag, alvo de operação na Faria Lima

Controlador sai do negócio, mas fica em outra empresa do grupo. Companhia informou à CVM que mais dois executivos renunciaram a seus cargos

José Carlos Mansur (foto em destaque), o fundador da , deixou o comando da gestora de fundos, considerada uma das maiores do Brasil, alvo de busca e apreensão durante a Carbono Oculto. A operação, iniciada há duas semanas, tem como objetivo desarticular um esquema bilionário de fraudes e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis, com possíveis conexões na Faria Lima, o principal centro financeiro do país, e eventual ligação do . A saída de Mansur foi anunciada em fato relevante pela empresa, enviado no domingo (7/9) à Comissão de Valores Mobiliários (). Também deixaram a gestora, que detém ativos estimados em R$ 340 bilhões, Altair Tadeu Rossato, membro independente do conselho de administração e do comitê de auditoria, e Fabiana Franco, diretora financeira da companhia. Leia também Em outro fato relevante divulgado ao mercado também no domingo, a Reag informou que Mansur negociou a venda de sua participação na empresa por meio de um MBO (“management buyout”), um tipo de operação em que os gestores de uma empresa compram o controle da companhia em que trabalham, tornando-se seus proprietários. O negócio foi finalizado em reunião do conselho de administração no sábado (6/9). A aquisição foi feita pela Arandu Capital Holding, uma entidade detida pelos principais executivos da companhia, e a aquisição teve como objeto a totalidade das ações de titularidade dos atuais controladores, que representam 87,38% do capital social. O valor estimado da compra é de R$ 100 milhões, com uma parcela variável vinculada à receita operacional líquida pelo prazo de cinco anos. Embora tenha saído do negócio, Mansur permanecerá em outras empresas do grupo, como a Ciabrasf, que administra fundos e serviços fiduciários. O comunicado da Reag Investimentos afirma que a mudança no controle foi feita para “proteger a integridade e a reputação” tanto da empresa quanto de seus colaboradores, clientes e acionistas. “Essa medida foi considerada a mais prudente para assegurar que a condução dos negócios e a governança corporativa da companhia permaneçam inabaláveis, sem qualquer interferência.”
Por: Metrópoles

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