Os Estados Unidos concederam um novo visto ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A autorização para viajar ao país norte-americano assegura ao chefe da equipe econômica a participação em eventos como a Semana do Clima, em Nova York, em setembro, e nas reuniões anuais do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial, em Washington D.C., em outubro.
O visto de Haddad estava vencido desde maio e ele havia solicitado a renovação em agosto. A informação foi publicada inicialmente pelo jornal Folha de S.Paulo, na tarde desta 2ª feira (8.set.2025), e confirmada com a assessoria da Fazenda pelo Poder360.
Há, no entanto, um receio do governo brasileiro de que o presidente dos EUA, Donald Trump (Republicano), tente impedir que o chefe do Executivo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), faça a abertura da Assembleia Geral da ONU, em 22 de setembro de 2025.
A tradição é o presidente brasileiro ser o 1º a falar. As chances de os EUA tentarem e conseguirem mudar isso por enquanto é considerada baixa na diplomacia brasileira, conforme apurou o Poder360.
O governo norte-americano revogou o visto de algumas autoridades brasileiras. O caso mais emblemático foi o do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, que foi alvo da Lei Magnitsky –usada para impor sanções a autoridades estrangeiras acusadas de violações de direitos humanos.
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, acusou Moraes em julho de promover uma “caça às bruxas política” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e afirmou que o STF tem criado um “complexo de perseguição e censura” que extrapola as fronteiras do Brasil.