O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reunirá com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, no domingo (26.out.2025). O encontro, pedido pelo brasileiro, se dará em Kuala Lumpur, na Malásia.
“Nossa agenda com a Índia tem se intensificado bastante. […] Uma grande pauta de cooperação, positiva que aproxima 2 grandes países do Sul Global”, disse o embaixador Everton Frask Lucero, diretor do departamento de Índia, sul e sudeste da Ásia do Itamaraty a jornalistas.
Lula estará na Malásia para participar da cúpula de chefes de Estado da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático), que será realizada na manhã de domingo. Pela tarde, o brasileiro reservou sua agenda para encontros bilaterais. A reunião com Modi é a única já confirmada para este dia.
O governo brasileiro tem a expectativa de que a reunião de Lula com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano) também seja realizada no domingo. Não há, porém, confirmação por parte do norte-americano.
No encontro com Modi, Lula pretende reforçar o convite para o primeiro-ministro indiano participar da COP30, que será realizada em novembro, em Belém (PA). O brasileiro deve ir à Índia em fevereiro de 2026 para uma visita oficial e para participar de uma cúpula de chefes de Estado sobre inteligência artificial.
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, esteve em Nova Délhi, capital indiana, na semana passada. De acordo com Lucero, ele deu início aos preparativos da visita de Estado que Lula deverá fazer no ano que vem.
Modi esteve em Brasília, onde foi recebido com honras de chefe de Estado, em 8 de julho. O premiê indiano havia vindo ao Brasil para participar da cúpula de chefes de Estado do Brics (bloco originalmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Modi e Lula voltaram a se falar em 7 de agosto, por telefone, depois de Brasil e Índia serem alvo de tarifas adicionais dos Estados Unidos. Durante a conversa, os mandatários propuseram aumentar o comércio bilateral para mais de US$ 20 bilhões até 2030.