O número de beneficiários do Bolsa Família segue em queda e chegou a 18,9 milhões em outubro. O programa social renovou sua mínima no 3º governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Está no menor patamar desde julho de 2022, quando tinha 18,1 milhões de famílias.
Os dados divulgados agora mostram um saldo negativo de 2,7 milhões de inscritos na comparação com o fim de 2022 –quando Jair Bolsonaro (PL) deixou o poder. As saídas começaram a ser registradas com maior intensidade em julho deste ano.
O benefício médio do Bolsa Família em outubro é de R$ 683,42. Em dezembro de 2019, ante da pandemia, o auxílio médio era de R$ 191,77. A alta nesse período foi de 256,4%, bem acima da inflação acumulada (39,9%).
A baixa de cadastros se deve, principalmente, a um pente-fino que vem sendo realizado pelo governo para tirar pessoas que não se encaixam mais nas regras do programa, como em casos de fraudes por declarações de informações falsas. O Planalto fala que essas pessoas deixaram o programa devido a um aumento de renda, mas conta a história de forma incompleta.
O Cadastro Único, sistema que reúne dados das pessoas mais pobres do país, passou por uma reformulação em março de 2025 para ficar mais moderno e eficiente. Os dados de renda passaram a ser atualizados automaticamente, diminuindo a possibilidade de fraudes em programas sociais como o Bolsa Família.
Eis o saldo negativo do programa dividido por região:
Em outubro de 2025, o programa teve custo mensal de R$ 12,9 bilhões aos cofres públicos. Em janeiro de 2022, antes de ser inflado, o custo em 30 dias era de R$ 3,7 bilhões –quase R$ 10 bilhões a menos do que hoje.
O Bolsa Família é depositado de maneira escalonada. Os pagamentos de outubro começaram a ser feitos na 2ª feira (20.out). Os beneficiários com NIS (Número de Identificação Social) final 1 já podem movimentar os valores.
Quem tem o 2 como último dígito do NIS recebe nesta 3ª feira (21.out), e assim por diante. As transferências seguem até o dia 31.
Eis a divisão, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social: