O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), declarou, nesta 4ª feira (22.out.2025), que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), não deveria permitir o arquivamento do processo contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por ser um “escândalo contra o povo brasileiro”.
O Conselho de Ética aprovou o arquivamento com 11 votos a favor do parecer do relator, deputado Delegado Marcelo Freitas (União Brasil-MG) – 7 deputados votaram contra. O petista afirmou: “Eu não sei como o presidente Hugo deixa um escândalo desse acontecer. Porque isso vai cair no colo dele”.
A representação contra Eduardo, apresentada pelo PT, alega que o deputado atentou contra a soberania nacional por articular, nos Estados Unidos, sanções contra o Brasil junto ao governo de Donald Trump (Partido Republicano). Lindbergh já afirmou que irá recorrer da decisão.
“Agora os senhores [deputados] vem aqui para dizer: ‘Não, não vamos nem abrir processo, não vamos nem instruir processo’. Isso é uma vergonha, é uma desmoralização desse parlamento”, disse Lindbergh Farias, durante seu discurso na sessão. A fala do líder do PT na Câmara veio antes da votação final que levou ao arquivamento.
O deputado também reforçou suas críticas à condução do caso, apontando que a situação representa um desgaste institucional e poderá recair diretamente sobre a presidência da Câmara. Para ele, o episódio compromete a imagem da Casa e não deveria ter ocorrido sob a condução atual.
“Isso aqui hoje, eu volto a dizer: o senhor é uma vergonha. Isso aqui vai atingir toda a Casa. Eu, quando falei que o presidente não podia ter deixado isso acontecer, é porque acho que isso vai cair no colo do presidente da Câmara. Porque ele não era para deixar essa palhaçada acontecer no dia de hoje”, afirmou.