Maior fazenda de leite do mundo recebe US$ 3,5 bilhões e cria complexo para 272 mil vacasAuditoria japonesa será sistêmica, sem foco em frigoríficos específicos Diferentemente de missões voltadas à habilitação individual de plantas frigoríficas, a auditoria japonesa terá como foco a avaliação do sistema sanitário brasileiro como um todo, incluindo mecanismos de prevenção, controle, vigilância e mitigação de riscos. Técnicos do Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão (MAFF) serão responsáveis pela condução dos trabalhos. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Segundo o governo brasileiro, não haverá inspeção direta em frigoríficos específicos, mas sim uma análise aprofundada dos protocolos nacionais, rastreabilidade, controles oficiais e capacidade de resposta a eventuais emergências sanitárias. Esse modelo de avaliação reforça a confiança progressiva do Japão no arcabouço sanitário brasileiro, mas também eleva o nível de exigência técnica, já que qualquer fragilidade sistêmica pode impactar o avanço das negociações. A missão japonesa ocorre após um marco considerado decisivo: o reconhecimento do Brasil como país livre de febre aftosa sem vacinação, condição exigida pelo Japão para permitir a entrada de carne bovina estrangeira em seu mercado. Esse reconhecimento internacional elevou o patamar sanitário do país e destravou negociações com mercados altamente rigorosos, como Japão e Coreia do Sul. Para o setor produtivo, trata-se de uma conquista histórica, construída ao longo de décadas de investimentos públicos e privados em sanidade animal. Expectativa é concluir etapas técnicas ao longo de 2026 De acordo com o Mapa, a expectativa do governo brasileiro é que a auditoria permita a conclusão das etapas técnicas do processo ainda ao longo de 2026, abrindo caminho para a habilitação gradual de exportadores. O Japão é considerado um mercado premium, com alto valor agregado, preços superiores à média internacional e consumidores altamente exigentes em qualidade, segurança alimentar e padronização. Hoje, o país importa carne bovina principalmente dos Estados Unidos, Austrália e Canadá. Impacto para o setor da carne bovina brasileira: valorização, diversificação e imagem internacional Para a pecuária brasileira, a possível abertura do mercado japonês representa muito mais do que aumento de volume exportado. Especialistas apontam impactos diretos em:
Japão fará auditoria sanitária para carne bovina brasileira em 2026
Missão técnica japonesa avaliará o sistema sanitário do Brasil em março de 2026, etapa considerada decisiva para a habilitação da carne bovina brasileira em um dos mercados mais exigentes e valorizados do mundo
Missão técnica japonesa avaliará o sistema sanitário do Brasil em março de 2026, etapa considerada decisiva para a habilitação da carne bovina brasileira em um dos mercados mais exigentes e valorizados do mundo O processo de abertura do mercado japonês para a carne bovina brasileira avançou mais um passo relevante. O governo do Japão confirmou ao Ministério da Agricultura e Peccuária (Mapa) que realizará, em março de 2026, uma auditoria sanitária in loco para avaliar o sistema de controle sanitário do Brasil aplicado à produção de carne bovina. A etapa é considerada central e estratégica dentro das negociações bilaterais entre os dois países. A informação foi confirmada ao Broadcast Agro pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luis Rua, e reforça que o Brasil entrou na fase técnica mais sensível do processo, após anos de tratativas diplomáticas e sanitárias. Clique aqui para seguir o canal do CompreRural no Whatsapp
Valorização da arroba e de animais com padrão exportação premium Estímulo à produção de carne de maior qualidade, com foco em rastreabilidade, bem-estar animal e padronização Diversificação de mercados, reduzindo dependência de grandes compradores tradicionais Fortalecimento da imagem sanitária e institucional do Brasil no comércio internacional Entidades do setor avaliam que a entrada no Japão tende a criar um efeito cascata, facilitando negociações com outros mercados de alto rigor sanitário e ampliando a competitividade da carne brasileira no cenário global. Mercado estratégico e altamente exigente O Japão é reconhecido como um dos mercados mais rigorosos do mundo em termos sanitários. Ao mesmo tempo, é também um dos que pagam melhor pela proteína bovina, especialmente cortes de maior valor agregado destinados ao consumo interno e ao canal food service.
A eventual habilitação do Brasil poderá posicionar o país em um novo patamar no comércio internacional de carne bovina, consolidando não apenas volume, mas qualidade, segurança e confiabilidade sanitária. Com a auditoria confirmada, 2026 passa a ser visto pelo setor como um ano-chave para a consolidação de uma das aberturas de mercado mais aguardadas da pecuária brasileira.
Por: Redação





