• Quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Itália multa Shein em R$ 6,37 mi por propaganda ambiental enganosa

Segundo órgão de regulação do mercado, empresa que gerencia site de varejista chinesa na Europa praticou "greenwashing".

A AGCM (Autorità Garante della Concorrenza e del Mercato) multou na 2ª feira (4.ago.2025) em 1 milhão de euros (aproximadamente R$ 6,37 milhões) a Infinite Styles Service Co. Limited, responsável pelo gerenciamento do site da Shein na Europa. Segundo o órgão regulador do mercado italiano, a empresa que representa a varejista chinesa praticou “greenwashing”.

O termo “greenwashing” é usado para determinar uma prática enganosa adotada por empresas que falsificam ou exageram iniciativas sustentáveis a fim de parecerem mais ambientalmente responsáveis do que realmente são. A AGCM sustenta que o site da Shein usava slogans vagos e genéricos que induziam os consumidores ao erro sobre suas práticas ambientais.

As afirmações relacionadas à moda circular e à reciclagem dos produtos foram classificadas pela autoridade italiana como “falsas ou pelo menos confusas”. A AGCM criticou especificamente a varejista por afirmar que usa fibras “verdes” nas peças da coleção evoluSHEIN by Design sem especificar como isso acontece.

“Essas alegações podem levar os consumidores a acreditarem que não apenas a coleção evoluSHEIN by Design é feita exclusivamente de materiais ‘sustentáveis’, mas também que seus produtos são totalmente recicláveis –uma afirmação que, dadas as fibras usadas e os sistemas de reciclagem atuais, não reflete a realidade”, disse o comunicado do órgão regulador italiano.

A AGCM também destacou que a alegada intenção da Shein de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 25% até 2030 e atingir zero emissões até 2050 é “vaga e genérica”. O órgão regulador disse ainda que essa meta contradiz as ações da empresa, que registrou aumento real nas emissões nos últimos 2 anos.

Em nota enviada ao portal ESG Today, a Shein informou que cooperou com o processo de investigação e adotou medidas imediatas para resolver os questionamentos feitos pelo órgão.

Por: Poder360

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