No oitavo dia da troca de ataques militares entre Israel e Irã, o secretário-geral da , António Guterres, fez um alerta durante reunião de emergência solicitada pelo Conselho de Segurança da ONU, nesta sexta-feira (20/6). Para ele, a expansão do conflito pode gerar uma situação incontrolável e é preciso evitar que isso aconteça.
Guterres expôs, basicamente, que o conflito pode “acender um fogo que ninguém poderá controlar” e, por isso, pediu que os demais países permaneçam de fora da guerra.
“Apelo veementemente a todos para que evitem qualquer internacionalização adicional do conflito. Quaisquer intervenções militares adicionais podem ter consequências enormes, não apenas para os envolvidos, mas para toda a região e para a paz e a segurança internacionais, em geral”, disse o líder da ONU.
Entenda a atual situação do conflito
Após diversas ameaças, Israel lançou, há uma semana, o que chamou de “ataque preventivo” contra o Irã. O foco da operação foi o programa nuclear iraniano. O principal objetivo da ação, segundo o governo israelense, é impedir que o Irã consiga construir uma arma nuclear.
Como resposta à operação israelense, o Irã lançou um exército de drones e mísseis contra o território de Israel. Em pronunciamento no último sábado (14/6), o premiê Benjamin Netanyahu afirmou que a ofensiva deve continuar. Ele prometeu ataques contra todas as bases iranianas.
Até o momento, relatos indicam que parte do programa nuclear já foi afetada pelos ataques. Danos maiores, no entanto, dependem de bombas – ou da participação direta – dos EUA, o que tem sido solicitado pelo governo de Israel.
A diplomacia do Irã afirma que a paz entre o país e Israel poderia ser “facilmente” retomada se o presidente dos Estados Unidos ordenasse que as lideranças israelenses parassem com os ataques.
Trump afirmou que tomará uma decisão sobre o envolvimento direto do país na guerra entre Israel e Irã nas próximas duas semanas. A informação foi divulgada nessa quinta-feira (19/6) pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.

7 imagens





Fechar modal.

![]()
1 de 7 secretário-geral da ONU, António Guterres Reprodução
![]()
2 de 7 Secretário-geral da ONU, António Guterres David Dee Delgado/Getty Images
![]()
3 de 7 Nicolas Economou/NurPhoto via Getty Images
![]()
4 de 7 António Guterres é secretário-geral da ONU Reprodução/YouTube
![]()
5 de 7 Yves Herman - WPA Pool/Getty Images
![]()
6 de 7 Reprodução/ Twitter
![]()
7 de 7 Divulgação
Questão nuclear
O secretário-geral da ONU destacou, ainda, a ameaça envolvendo a questão nuclear. Ele reiterou que a não-proliferação é essencial para a segurança de todos e acrescentou que o Tratado de Não-Proliferação Nuclear é um pilar da segurança internacional.
Leia também
Guterres pediu que o Irã respeite o acordo, após o país ter declarado de forma repetida que não busca armas nucleares.
Ele avalia que os confrontos entre Israel e Irã estão se intensificando rapidamente, com um número terrível de vítimas, o que gera preocupação, diante do avanço da quantidade de civis mortos e feridos, assim como casas, bairros e infraestruturas destruídos pelos ataques de ambos os lados.
Defesa da diplomacia
O chefe da ONU disse que é preciso reconhecer que existe uma brecha de confiança. A única maneira de preenchê-la é por meio da diplomacia, estabelecendo uma solução confiável, abrangente e verificável. Essa abordagem inclui o acesso total aos inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Guterres fez um apelo pelo fim dos combates e em favor do retorno de negociações sérias. Ao reiterar que o momento é decisivo, instou ao Conselho a agir com unidade e urgência em prol do diálogo.