• Quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Inflação nos Estados Unidos fica estável em julho, dentro do esperado

O Índice de Preços ao Consumidor nos EUA (CPI, na sigla em inglês), que mede a inflação nos EUA, ficou em 2,7% em julho, na base anual

A nos em julho ficou estável em relação ao mês anterior e veio dentro da estimativa dos analistas do mercado, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (12/8) pelo . O Índice de Preços ao Consumidor nos EUA (CPI, na sigla em inglês), que mede a inflação no país, ficou em 2,7% em julho, na base anual, mesmo resultado registrado em junho. Na comparação mensal, o índice foi de 0,2%, ante 0,3% em junho. Os resultados da inflação nos EUA vieram em linha com os prognósticos do mercado. A média das estimativas era de 2,8% (anual) e 0,2% (mensal). Leia também Taxa de juros A meta de inflação nos EUA é de 2% ao ano. Embora não esteja nesse patamar, o índice vem se mantendo abaixo de 3% desde julho de 2024. A elevação da taxa de juros é o principal instrumento dos bancos centrais para conter a inflação. Em sua última reunião, no fim de julho, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do (Fed, o Banco Central norte-americano) . A próxima reunião do Fed para definir a taxa de juros acontece nos dias 16 e 17 de setembro. , desde 1993, o colegiado teve dois votos contrários à decisão majoritária. O Fomc é composto por 12 integrantes. Michelle Bowman e Christopher Waller votaram pelo corte de 0,25 ponto percentual nos juros. Waller é um dos nomes especulados como possível sucessor de Jerome Powell, atual presidente do Fed e cujo mandato termina em maio de 2026. Tanto Bowman quanto Waller foram indicados ao comitê pelo presidente dos EUA, Donald Trump, o maior crítico da política monetária conduzida por Powell à frente do Fed. Desde o início de seu mandato, Trump vem cobrando a redução dos juros no país. Até o fim de 2025, o BC dos EUA tem programadas mais três reuniões de política monetária – em setembro, outubro e dezembro. Nos últimos dias, ganhou força entre os analistas do mercado a tese de que o Fed deve começar a baixar os juros possivelmente a partir da próxima reunião, no mês que vem. A taxa básica de juros é o principal instrumento dos bancos centrais para controlar a inflação. Quando a autoridade monetária mantém os juros elevados, o objetivo é conter a demanda aquecida, o que se reflete nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Assim, taxas mais altas também podem conter a atividade econômica. Divergências no Fed No início de julho, caso o governo do presidente norte-americano Donald Trump não tivesse aplicado uma série de tarifas comerciais contra mais de uma centena de países – que acabam pressionando a inflação norte-americana. Nos últimos meses, do Fomc. Falando recentemente na Câmara dos Deputados e no Senado dos EUA, no entanto, . Na semana passada, a vice-presidente de Supervisão do Fed, Michelle Bowman, disse que os dados mais fracos do mercado de trabalho nos EUA em julho . “Agir na reunião passada teria protegido proativamente contra o risco de uma erosão ainda maior nas condições do mercado de trabalho e um enfraquecimento ainda maior da atividade econômica”, afirmou Bowman. Em julho, segundo dados do Departamento do Trabalho, . Trata-se do chamado “payroll”, um indicador econômico mensal dos EUA que indica a evolução do emprego no país fora do setor agrícola. O relatório, divulgado pelo Bureau of Labor Statistics (BLS), é considerado determinante para as avaliações sobre o desempenho da economia norte-americana. O resultado veio bem abaixo das projeções do mercado, que indicavam a criação de 106 mil vagas. A taxa de desemprego foi de 4,2%. Analistas temiam que uma possível aceleração do mercado de trabalho nos EUA levasse a um novo aperto da política monetária pelo Fed. Nesse sentido, a criação de vagas abaixo das expectativas foi interpretada pelo mercado como uma notícia positiva, pois pode significar maior espaço para a queda dos juros. “Isso está bem abaixo do ritmo observado no início do ano, provavelmente devido a uma diminuição significativa na demanda por mão de obra”, observou Bowman. “Minha projeção é de três cortes ainda para este ano, o que tem sido consistente com minha previsão desde dezembro do ano passado, e os dados mais recentes do mercado de trabalho reforçam minha opinião”, completou.
Por: Metrópoles

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