Plano de contingência contra tarifa de 50% dos EUA inclui crédito emergencial e apoio a exportadoresCom o aumento da demanda por cuidados especializados, a suplementação nutricional para esses animais tem ganhado relevância. O uso de suplementos, como vitaminas, minerais e probióticos, visa corrigir deficiências e melhorar a saúde geral dos animais, tornando-se uma prática comum entre os profissionais. No entanto, o uso inadequado de suplementos, sem a devida orientação, pode gerar desequilíbrios nutricionais (MACEDO et al., 2018). window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Os ácidos graxos (obtidos através dos óleos e gorduras), especialmente os ácidos graxos essenciais, estão ganhando importância nos sistemas de alimentação de aves, não apenas para melhorar a saúde e a produtividade das aves, mas também por causa de nossa sociedade preocupada com a saúde, que prefere dietas balanceadas adequadamente para minimizar problemas de saúde adversos (CHERIAN, 2015; SIMOPOULOS, 2016; LEES et al., 2019). Segundo Shahidi e Ambigaipalan, (2018) os ácidos graxos ômega-3 são ácidos graxos poli-insaturados (AGPIs) com uma cadeia carbônica linear de 10 a 22 átomos de carbono, um grupo carboxila e 3 a 6 ligações duplas. As principais fontes de ácidos graxos ômega-3, que são ácidos graxos essenciais, são principalmente fontes marinhas, especialmente peixes (RAHBARI et al., 2025). Nutrientes com ação imunomoduladora natural, como os ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 (PUFAs), podem contribuir para a saúde óssea, reforçar a defesa antioxidante e preservar o equilíbrio intestinal mesmo em situações de estresse. Além disso, favorecem a regeneração e a proliferação do epitélio, apresentando potenciais efeitos anti-inflamatórios e antimicrobianos, além de fortalecerem a integridade da barreira intestinal (TOMPIKINS et al., 2022; KISHAWY et al., 2024) Com o intuito de melhorar a saúde gastrointestinal e o crescimento das aves, um estudo realizado por Wang et al. (2020), com 210 frangos de corte na fase inicial e de crescimento puderam observar que a morfologia intestinal obteve mudanças na expressão gênica, implicando em um efeito positivo e suplementação de ácidos graxos n-3 durante a fase de crescimento na melhoria da saúde intestinal e transporte de nutrientes. Da mesma forma, Kalakuntla et al. (2017), observaram que a suplementação de fontes de óleo rico em ácidos graxos de cadeia insaturada (PUFA) ω-3 na dieta de frangos de corte durante as fases inicial e final afeta a qualidade e as características organolépticas da carne de frango de corte. Em níveis de adição de 2% e 3%, óleo de mostarda, óleo de peixe e oléo de linhança melhoraram os níveis de PUFA ω-3 e atributos sensoriais, como aparência, sabor, suculência, maciez e aceitabilidade geral da carne. Alagawany (2019), corrobora que a suplementação dietética de ácidos graxos ω-3 na dieta de aves, particularmente na forma de ácido eicosapentaenoico (EPA) e p ácido docosahexaenoico (DHA), pode melhorar vários parâmetros da qualidade da carne. No entanto, os ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa (LC-PUFAs) são extremamente suscetíveis à deterioração oxidativa, resultando em sabores e odores desagradáveis, que afetam negativamente a aceitabilidade para os consumidores, especialmente quando produtos derivados de peixes são usados. A suplementação com ácidos graxos ômega-3 na dieta de frangos de corte tem se mostrado eficaz para melhorar a saúde intestinal, a absorção de nutrientes e a qualidade sensorial da carne. Fontes como óleo de peixe e óleo de mostarda promovem um perfil lipídico mais saudável ao produto final. No entanto, devido à sua suscetibilidade à oxidação, é necessário cuidado na formulação e armazenamento. Quando bem aplicada, essa estratégia nutricional agrega valor à carne e atende à crescente demanda por alimentos mais saudáveis. Escrito por: Jéssica Cristina Alvarenga¹, Stéfane Alves Sampaio², Cibele Silva Minafra³.
Impacto do ômega 3 nas rações de frango de corte
A suplementação com ácidos graxos ômega-3 tem se mostrado eficaz para melhorar a saúde intestinal, a absorção de nutrientes e a qualidade sensorial da carne
A suplementação com ácidos graxos ômega-3 tem se mostrado eficaz para melhorar a saúde intestinal, a absorção de nutrientes e a qualidade sensorial da carne A avicultura de corte é um setor do agronegócio em expansão e com grande representatividade na economia Brasileira. Segundo um levantamento da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), estima-se que consumo no ano de 2025 deva atingir 46,6 kg/hab/ano, superando 2% do ano anterior. Cenário este que reforça a necessidade de uma cadeia produtiva forte e competitiva. A nutrição adequada destes animais será fundamental para garantir a sobrevivência, longevidade e o desempenho produtivo. A dieta deve ser elaborada de acordo com a fase de desenvolvimento. No caso das aves, por exemplo, o fornecimento de uma alimentação baseada apenas em sementes pode ser inadequado, levando a deficiências nutricionais, especialmente em termos de vitaminas e minerais essenciais (CONCEIÇÃO, 2022). Clique aqui para seguir o canal do CompreRural no Whatsapp
¹Mestranda do curso de Pós-Graduação em Zootecnia, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano Campus Rio Verde. E-mail: jnuts75@gmail.com; ² Doutoranda do curso de Pós-Graduação em Agroquímica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano Campus Rio Verde. E-mail: stefanesamp@gmail.com; ³Professora no Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, Instituto Federal Goiano Campus Rio Verde, Rio Verde, GO, Brasil; E-mail: cibele.minafra@ifgoiano.edu.br VEJA MAIS: Vacas leiteiras ganham desempenho com redutor de metano País produz 1 a cada 4 copos de leite e lidera a produção mundial de leite; veja qual ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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Por: Redação