Os Estados Unidos registraram dois casos raros de pacientes que receberam rins e foram parasitas Strongyloides stercoralis. O relato foi publicado na revista.
O primeiro paciente, de 61 anos, foi hospitalizado dez semanas após o transplante com náusea, vômitos, sede excessiva, desconforto abdominal, dor nas costas e febre. O quadro estava piorando rapidamente, e o homem entrou em falência respiratória com baixíssima pressão sanguínea — ele foi transferido de hospital, e os médicos perceberam uma irritação na pele com marcas roxas.
Foi feita uma bateria de exames, considerando que o paciente estava tomando imunossupressivos para evitar a rejeição do rim transplantado e antibióticos. Só depois de descartar outras possibilidades, os médicos descobriram que os níveis de um tipo específico de célular de defesa que estava muito alto.

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1 de 2 Sintoma que preocupou os médicos, manchas roxas apontaram para infecção com verme The New England Journal of Medicine ©2025
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2 de 2 Vermes que foram encontrados na análise de tecidos do paciente The New England Journal of Medicine ©2025
Analisando o sangue do paciente e do doador, os profissionais de saúde descobriram que o homem tinha anticorpos contra o verme Strongyloides stercoralis, indicando que o sistema imunológico teve contato com o parasita.
Foram feitas análises de vários tecidos do paciente, incluindo abdomen, pele e pulmões: só aí os médicos . O norte-americano foi tratado e se recuperou.
Infecção de doador com vermes e alerta para outros transplantados
A equipe médica sinalizou a central de transplantes sobre a necessidade de verificar outros pacientes que receberam órgãos do mesmo homem. Foi o que salvou a vida do segundo paciente, de 66 anos, que foi transplantado com o outro rim do doador e estava internado com os mesmos sintomas em outro hospital.
Infecções que acontecem a partir de transplantes são raras — segundo estudos, nos Estados Unidos, só 14 casos a cada 10 mil transplantes são registrados.
“Transplantes de órgãos salvam vidas. Em casos como esse, a comunicação e coordenação entre hospitais e o envolvimento de médicos especialistas em doenças infecciosas é importante, assim como o alerta da rede de transplantes”, afirma o porta-voz de um dos hospitais ao portal Live Science.
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