O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não viajará aos Estados Unidos para participar das reuniões anuais do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial, em Washington D.C., na próxima semana. Também não estará na programação da Trilha Financeira do G20.
O chefe da equipe econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será representado pela secretária de Assuntos Internacionais da Fazenda, Tatiana Rosito, nestes compromissos. Segundo a assessoria do ministério, Haddad “permanecerá no cumprimento de agendas oficiais no Brasil”.
A desistência vem 1 dia depois da decisão da Câmara de derrubar a MP 1.303 de 2025, que foi editada como uma alternativa ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Também se dá durante negociações com os EUA sobre o tarifaço imposto sobre exportações brasileiras.
Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conversaram sobre o assunto na 2ª feira (6.out).
Em setembro, os EUA haviam concedido novo visto ao ministro. A autorização para viajar ao país norte-americano estava vencida desde maio e Haddad havia solicitado a renovação em agosto.
A Casa Branca revogou o visto de algumas autoridades brasileiras. O caso mais emblemático foi o do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, que foi alvo da Lei Magnitsky –usada para impor sanções a autoridades estrangeiras acusadas de violações de direitos humanos.
Eis a íntegra da nota do Ministério da Fazenda:
“Entre os dias 13 e 16 de outubro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, será representado pela secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito, em Washington, nas Reuniões Anuais do FMI e do Banco Mundial, bem como na programação da Trilha Financeira do G20. Nesse período, o ministro da Fazenda permanecerá no cumprimento de agendas oficiais no Brasil.”