Governo registra déficit de R$ 20,2 bilhões em novembro
Dados sobre as contas do governo central foram divulgados nesta segunda-feira (29/12) pelo Tesouro Nacional
As contas do governo central — Tesouro Nacional, (BC) e Previdência Social — registraram déficit primário de R$ 20,2 bilhões em novembro de 2025. Os dados fazem parte do Relatório do (RTN), divulgado nesta segunda-feira (29/12).
No mesmo mês de 2024, foi observado um déficit de R$ 4,5 bilhões (em valores não corrigidos pela inflação).
O resultado primário do Governo Central acumulado em 12 meses foi de déficit de R$ 57,4 bilhões, equivalente a 0,47% do (PIB).
Em relação ao resultado acumulado no período de janeiro a novembro de 2025, o Governo Central registrou um déficit de R$ 83,8 bilhões, frente a um déficit de R$ 67,0 bilhões em 2024
Em termos reais, a receita líquida apresentou um aumento de R$ 60,2 bilhões (+2,9%) e a despesa total registrou uma alta de R$ 71,9 bilhões (+3,4%) em 2025, quando comparadas ao ano anterior.
O resultado deste ano decorreu de um superávit de R$ 244 bilhões do Tesouro e do Banco Central e um déficit de R$ 328 bilhões na Previdência Social.
Déficit é quando um governo tem mais despesas do que receitas, superávit é quando acontece o contrário.
Resultado real é ajustado por um índice de inflação, resultado nominal é o valor bruto, sem ajustes inflacionários.
Receitas e despesas
Em novembro de 2025, a receita total apresentou diminuição de R$ 5,8 bilhões (-2,6%).
Segundo o Tesouro, o aumento da receita líquida em novembro de 2025 foi explicado, em grande medida, pelo desempenho das receitas administradas pela Receita Federal. Os principais destaques foram:
Imposto sobre a Renda – aumento de R$ 5,1 bilhões
IOF – aumento de R$ 2,6 bilhões
Arrecadação Líquida para o RGPS – aumento de R$ 3,7 bilhões
Dividendos e Participações – aumento de R$ 6,9 bilhões
No acumulado do ano, a receita total apresentou elevação de R$ 82,9 bilhões (3,3%), enquanto a receita líquida apresentou elevação de R$ 60,2 bilhões (2,9%) em termos reais frente ao mesmo período do ano anterior.
Essa variação, segundo o tesouro, decorre principalmente do efeito conjunto de:
Imposto de Importação – aumento de R$ 9,4 bilhões
Imposto sobre a Renda – aumento de R$ 37,3 bilhões
IOF – aumento de R$ 13,4 bilhões
Outras Receitas Administradas pela Receita Federal – aumento de R$ 12,9 bilhões
Arrecadação Líquida para o RGPS – aumento de R$ 31,7 bilhões
Com relação as despesas, em novembro, contra mesmo mês de 2024, houve um aumento de R$ 7,1 bilhões (4%) em termos reais:
Benefícios Previdenciários – aumento de R$ 3 bilhões
Pessoal e Encargos Sociais – aumento de R$ 864,7 milhões
Créditos Extraordinários – redução de R$ 1,6 bilhão
Subsídios, Subvenções e Proagro – aumento de R$ 964 milhões
Discricionárias – aumento de R$ 3,9 bilhões
No acumulado do ano, a despesa total a despesa total apresentou elevação de R$ 71,9 bilhões (3,4%)
As principais variações foram:
Benefícios Previdenciários – aumento de R$ 36,4 bilhões
Pessoal e Encargos Sociais – aumento de R$ 13 bilhões
Benefícios de Prestação Continuada da LOAS – aumento de R$ 10, 2 bilhões
Créditos Extraordinários – redução de R$ 11, 6 bilhões
Fundeb – Complementação da União – aumento de R$ 9,3 bilhões
Entenda as contas do governo central
Um superávit primário ocorre quando as receitas têm saldo maior do que as despesas, sem contar os juros. O déficit primário ocorre quando esse resultado é negativo. Juntos, eles formam o “resultado primário”.
No acumulado de 2024, o governo central teve déficit primário de R$ 43 bilhões — equivalente a 0,36% do Produto Interno Bruto (PIB). Mesmo com o resultado negativo, a meta fiscal de 2024 foi cumprida.
A meta do governo federal para 2025 é de déficit fiscal zero. Isso significa a busca da equipe econômica pelo equilíbrio das contas públicas, com receitas equiparadas às despesas.
A meta fiscal para 2025
Assim como no ano anterior, o governo federal persegue a meta fiscal de déficit fiscal zero em 2025. Ou seja, a busca pelo equilíbrio das contas públicas, com receitas equiparadas às despesas.
A ideia é que haja aumento gradual até 2028, quando se prevê chegar ao superávit primário de 1% do PIB.
Confira as demais projeções:
2026: superávit de 0,25% do PIB (R$ 34 bilhões)
2027: superávit de 0,50% do PIB (R$ 70,7 bilhões)
2028: superávit de 1% do PIB (R$ 150,7 bilhões)
Por: Metrópoles





