O fígado participa de grande parte dos processos metabólicos do corpo humano, incluindo a digestão de gorduras, absorção de nutrientes e eliminação de substância. O órgão é considerado imprescindível para o funcionamento do organismo, mas pode diminuir o ritmo e até de forma adequada quando é impactado por maus hábitos alimentares.
A má alimentação pode ser o pontapé inicial de vários problemas hepáticos, (gordura no fígado). Quando não tratado, o excesso de gordura pode evoluir para cirrose, inflamações e até câncer no fígado.
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Alimentos que fazem bem para a saúde do fígado
A boa notícia é que bons hábitos alimentares associados à prática regular de atividade física pode prevenir o problema e até ajudar a reverter o quadro de gordura no fígado.
De acordo com o nutricionista Guilherme Lopes, o fígado é altamente regenerativo e alguns nutrientes presentes nos alimentos são essenciais para ativar esse “poder”. É essencial priorizar os ricos em antioxidantes, colina, ácido alfa-lipóico e enxofre.
“Além de ajudar a reduzir o estresse oxidativo nas células hepáticas, esses nutrientes auxiliam na metabolização de gorduras, prevenindo o acúmulo de lipídios no fígado. Eles também favorecem a desintoxicação e protegem o órgão”, afirma o profissional do Grupo Mantevida, em Brasília.
Entre esses alimentos, Lopes aponta as frutas cítricas (como laranja, limão e acerola); os vegetais verde-escuros (como espinafre, couve e brócolis); ovos e peixes; cebola e alho.
“Uma alimentação rica em verduras, legumes, proteínas magras, grãos integrais e fontes de gorduras boas favorece a saúde em geral e o bom funcionamento do fígado”, ressalta a médica gastro-hepatologista Natália Trevizoli, do Hospital Santa Lúcia, em Brasília.
Alimentos que devem ser evitados
O consumo excessivo de associado ao sedentarismo, por outro lado, impacta diretamente a saúde hepática, aumentando as células de gordura no órgão. “Bebidas açucaradas, carnes processadas e frituras devem ser evitadas, pois favorecem resistência à insulina e inflamação, dificultando o trabalho do fígado”, diz Lopes.
O álcool também atrapalha o órgão, gerando possíveis inflamações e gordura no fígado. Outro fator não relacionado à alimentação, mas que é tão prejudicial quanto, é a ingestão indevida de medicamentos. Quando tomamos remédio sem necessidade, o fígado é obrigado a metabolizar e eliminar as substâncias do corpo, sobrecarregando seu funcionamento.

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1 de 4 A esteatose hepática é popularmente conhecida como gordura no fígado Mohammed Haneefa Nizamudeen/Getty Images
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2 de 4 A condição de gordura no fígado acomete 30% da população mundial Magicmine/Getty Images
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3 de 4 Alterações na função hepática podem provocar distúrbios do sono, como insônia, sonolência diurna e ciclos de descanso irregulares Science Photo Library - SCIEPRO/Getty Images
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4 de 4 No início, as manifestações costumam ser inespecíficas, como cansaço, fraqueza, perda de apetite, náuseas, sensação de inchaço abdominal ou desconforto do lado direito do abdome Magicmine/Getty Images
Sinais de alerta para rever a dieta
A grande dificuldade para detectar condições hepáticas é que os sinais são silenciosos e inespecíficos nas fases iniciais. “Manifestações precoces incluem fadiga, anorexia, náuseas, desconforto abdominal e elevação discreta de enzimas importantes para o metabolismo de aminoácidos”, diz Natália.
À medida que a função hepática é prejudicada, sintomas mais característicos surgem, como icterícia (olhos amarelados), ascite (acúmulo de líquido dentro do abdômen) e encefalopatia. O problema é que os sinais só aparecem quando a condição já está avançada, dificultando o tratamento.
“Em muitos casos, o diagnóstico é feito apenas por meio de exames laboratoriais de rotina que revelam elevação de enzimas hepáticas. A detecção precoce por meio de acompanhamento médico e exames periódicos é fundamental para prevenir a progressão e permitir tratamento oportuno”, conta a médica gastro-hepatologista.
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