Os funcionários da Petrobras aprovaram em assembleia uma greve de 24 horas na 4ª feira (26.mar.2025). A paralisação tem como uma de suas pautas a defesa do teletrabalho, segundo comunicado da Fup (Federação Única dos Petroleiros).
A estatal anunciou em 9 de janeiro de 2025 que os funcionários em regime híbrido passarão a trabalhar presencialmente 3 dias por semana, em vez de 2. A mudança não se aplica a pessoas com deficiência (PCDs) e seus responsáveis.
De acordo com a Fup, a greve de 24 horas é uma medida de advertência contra as ações da gestão de Magda Chambriard, presidente da Petrobras. A Federação critica a postura “autoritária” da empresa, que, segundo ela, busca enfraquecer os fóruns de negociação coletiva, “prejudicando a boa-fé nas negociações e ignorando as principais reivindicações dos trabalhadores”.
Em entrevista ao Poder360, o diretor do Sindipetro-RJ (Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro), Antony Devalle, disse que decisão de reduzir o teletrabalho foi tomada pela estatal sem apresentar estudos que comprovem impactos negativos do modelo anterior. Questionada, a Petrobras não justificou a mudança e deu respostas genéricas, diz.
“A produtividade se manteve alta desde a pandemia, e os resultados da empresa continuam excelentes. Questionamos a Petrobras sobre a base dessa decisão, mas até agora só recebemos respostas genéricas”, afirmou o diretor em entrevista ao Poder360.
O sindicato critica a falta de transparência da estatal e alerta que a medida pode afetar a qualidade de vida dos trabalhadores.
O Sindipetro-RJ não é parte da Fup, mas da FNP (Federação Nacional dos Petroleiros). A Federação Única engloba 13 Sindipetros, enquanto a Federação Nacional, 5.