Pausa nos ataques às instalações de energia
A Rússia atacou a rede elétrica da Ucrânia com mísseis e drones durante toda a guerra, argumentando que a infraestrutura de energia civil é um alvo legítimo porque ajuda a capacidade de combate da Ucrânia. Mais recentemente, a Ucrânia tem lançado ataques de longo alcance contra alvos russos de petróleo e gás, que, segundo ela, fornecem combustível para as tropas russas e renda para financiar seu esforço de guerra. A Rússia chegou a impor anteriormente durante a guerra um bloqueio naval de facto à Ucrânia, um dos maiores exportadores de grãos do mundo, o que ameaçou agravar uma crise alimentar global. Mas as batalhas marítimas têm sido apenas uma parte comparativamente pequena da guerra desde 2023, quando a Rússia retirou suas forças navais do leste do Mar Negro após uma série de ataques ucranianos bem-sucedidos. Kiev conseguiu reabrir seus portos e retomar as exportações em níveis próximos aos do pré-guerra, apesar do colapso de um acordo anterior de transporte marítimo no Mar Negro mediado pela ONU. Trump está pressionando os dois lados para pôr um fim rápido à guerra, uma meta que ele prometeu alcançar quando concorreu à Presidência dos EUA no ano passado. Ao mesmo tempo, ele está buscando uma rápida reaproximação com a Rússia que, segundo Washington e Moscou, pode levar a oportunidades de negócios lucrativos. A Ucrânia e seus aliados europeus temem que Trump possa fechar um acordo apressado com Putin que prejudique sua segurança e ceda às exigências russas, inclusive para que Kiev abandone suas ambições na Otan e ceda a totalidade de quatro regiões reivindicadas pela Rússia como suas. A Ucrânia rejeitou isso como se fosse equivalente a uma rendição. * Reportagem de Katharine Jackson e Steve Holland em Washington, Anastasiia Malenko em Kiev e Dmitry Antonov em Moscou * É proibida a reprodução deste conteúdo Relacionadas
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