• Sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Frutas: EUA aplicam tarifação de 40% e ampliam pressão sobre exportações brasileiras, afirma Cepea

A medida impacta especialmente manga, uva e gengibre, enquanto suco de laranja e castanha-do-Brasil ficam isentos da nova tarifa, mas mantêm os 10%.

A medida impacta especialmente manga, uva e gengibre, enquanto suco de laranja e castanha-do-Brasil ficam isentos da nova tarifa, mas mantêm os 10%. A partir desta quarta-feira, 6 de agosto de 2025, entra em vigor a nova etapa da política tarifária norte-americana sobre produtos agroalimentares brasileiros. A medida estabelece uma sobretaxa adicional de 40%, que se soma aos 10% já em vigor desde abril, resultando em uma carga tarifária de até 50% sobre parte relevante das exportações brasileiras de frutas frescas. O novo cenário afeta diretamente os principais produtos hortifrutícolas enviados aos Estados Unidos. Entre os mais impactados estão: manga, uva, gengibre, castanhas e suco de laranja. Dentre esses, apenas o suco de laranja e as castanhas-do-Brasil foram excluídos da sobretaxa adicional de 40%, mas mantêm a tarifa de 10%. Essas isenções parciais trazem alívio pontual ao setor citrícola e ao segmento de castanhas, mas não eliminam a pressão sistêmica sobre a cadeia de frutas e hortaliças frescas.
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    Implicações e reações no setor A aplicação plena do tarifaço amplia os desafios da fruticultura de exportação, sobretudo para produtores do Vale do São Francisco (frutas) e do Espírito Santo (com destaque para a produção de gengibre). A elevação dos custos para os importadores norte-americanos deve gerar uma renegociação de contratos, redução de volumes e, em muitos casos, a suspensão de embarques.
    Entidades setoriais e o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) têm reforçado a necessidade de uma resposta diplomática urgente, enquanto os exportadores avaliam alternativas comerciais, como o fortalecimento das relações com a União Europeia, o Oriente Médio e mercados asiáticos. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Manga é o principal foco de preocupação No curto prazo, a maior preocupação do setor recai sobre a manga, principal fruta fresca brasileira exportada para os EUA. Justamente nesta semana, a cadeia começaria a se organizar para os primeiros embarques da nova safra, mas o início da vigência da tarifa coloca em risco a viabilidade comercial dos próximos lotes. Além de ser um produto altamente perecível e in natura, a manga é também um dos mais difíceis de redirecionar em grandes volumes para outros destinos em função da capacidade limitada de absorção de outros mercados.
    Assim como no setor cafeeiro, a expectativa do setor frutícola é que, caso a medida tarifária venha a provocar pressões inflacionárias internas nos EUA, haja uma revisão parcial da sobretaxa, especialmente para produtos não produzidos em escala comercial no território norte-americano — como é o caso da manga. Fonte: HF Brasil VEJA TAMBÉM:
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  • ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias
    Por: Redação

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