Figueiredo vê erro da defesa de Bolsonaro no STF: “Talvez por medo”
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, votou pela condenação de Bolsonaro e outros 7 réus em julgamento de suposta trama golspita
O influenciador bolsonarista, foragido da Justiça brasileira e atualmente residindo nos Estados Unidos, afirmou, nesta terça-feira (9/9), que os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) erraram na defesa do ex-mandatário perante os ministro da Primeira Turma do STF.
Nesta terça (9) o STF retomou o julgamento da ação penal 2668 que julga Bolsonaro e outros sete réus por supostamente terem planejado um golpe de Estado. O ministro Alexandre de Moraes votou pela condenação de todos os oito réus.
Figueiredo analisou o voto de Moraes em postagem nas redes sociais: “O que Alexandre conseguiu comprovar: 1. Bolsonaro tem a convicção pessoal de que roubaram a eleição dele; 2. Com isso, buscou alternativas ‘dentro das 4 linhas’, incluindo GLO, 142, Estado de Sítio etc; 3. Sem saber como reverter o golpe que sofreu, ele foi embora para os EUA.”
“O problema central lógico da defesa do presidente e de todos os demais réus, foi terem se recusado a admitir o item 1 de forma contundente, inclusive trazendo as razões para tal. Talvez não o tenham feito por medo. Mas, sem isso, todas as demais ações ficam carentes de racional”, seguiu Paulo Figueiredo.
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Em Moraes fez um resumo da ação penal, detalhou, de forma cronológica, o papel de Bolsonaro, apontado como líder da organização criminosa, e dos réus na tentativa de golpe de Estado.
“Esse julgamento não discute se houve ou não tentativa de golpe, se houve ou não tentativa de abolição ao Estado de Direito. O que se discute é a autoria. Não há nenhuma dúvida nessas todas condenações (anteriores) de que houve tentativa de abolição, que houve tentativa de golpe, que houve organização criminosa”, ressaltou o ministro, o primeiro dos cinco ministros da Primeira Turma do STF a proferir seu voto.
Já no início da tarde, o ministro relator ressaltou em seu voto uma resposta a questionamentos das defesas dos réus: “A tentativa consuma o crime. Todos esses atos executórios, desde junho de 2021, até este momento, e prosseguindo até 8/1 2023, foram atos que consumaram golpe de estado. Não consumaram o golpe, mas não há necessidade de consumar o golpe”.
Figueiredo foi um dos 34 denunciados pela PGR pela suposta trama golpista. Ele foi denunciado por incitar militares em aparições públicas e por vazar documentos em alusão à trama golpista.
Por: Metrópoles