• Sexta-feira, 6 de junho de 2025

Fávaro pedirá R$ 135 mi à Casa Civil para controlar crises sanitárias

Bloqueio no Orçamento da União para 2025 tirou R$ 622,8 mil da Agricultura e coloca em risco o controle de doenças e pragas.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD) disse nesta 4ª feira (4.jun.2025) que o Mapa (Ministério Agricultura e Pecuária) enviará ainda hoje uma medida provisória à Casa Civil solicitando R$ 135 milhões para o enfrentamento de crises sanitárias no Brasil.

“São 4 emergências sanitárias em curso. Diante de restrição orçamentaria oficializada nas semanas passadas, não podemos ficar sem o recurso. Com a medida, devemos ter uma liberação de recursos extras”, afirmou.

Em 22 de maio, o governo federal anunciou o congelamento de R$ 31 bilhões do Orçamento de 2025. O ministério da Agricultura e Pecuária perdeu R$622,8 milhões.

O ministro participou nesta 4ª feira de uma coletiva de imprensa na sede do Mapa, em Brasília, para falar das novas medidas para o enfrentamento da crise sanitária causada pela confirmação do 1º foco de gripe aviária no Brasil, no município de Montenegro (RS) em 16.mai.

À época, ele disse que não seria necessário pedir recursos extras ao governo federal para enfrentar crises sanitários na agropecuária no Brasil.

O Brasil enfrenta 4 crises sanitárias. Incluindo a gripe aviária —que levou à suspensão dos produtos avícolas brasileiro para 42 mercado até a última atualização oficial do Mapa— e doenças em culturas, como a monilíase do cacau, a mosca-da-fruta da carambola e a vassoura-de-bruxa da mandioca.

O Brasil está na metade do período de vazio sanitário, com 14 dias sem novos casos de gripe aviária confirmados em propriedades comerciais. Último caso comercial investigado foi em anta gorda, e foi descartado na noite de 3ª feira (3.jun.2025), segundo o ministro.

“Ao final dos 28 dias poderemos reduzir significativamente as restrições comerciais. Mas vamos continuar em estado de emergência e ampliando processo de investigação. Em caso de nova contaminação, voltaremos a restringir”, afirmou Fávaro. 

O Brasil trabalha para estabelecer “rapidamente” a normalidade para reduzir impacto financeiro. Mas o ministro diz que, na prática, o processo de reabertura acontecer de forma um pouco mais lenta. “Será natural que os outros países fiquem com dúvida”, declarou.

Por: Poder360

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